O deputado Eduardo Suplicy, figura política de grande relevância no cenário brasileiro, anunciou recentemente seu diagnóstico de linfoma não-Hodgkin. O linfoma, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, é tema de muitas dúvidas e preocupações. Este guia completo aborda os sintomas, o diagnóstico e os tipos de linfoma, fornecendo informações claras e confiáveis para pacientes e seus familiares.
O que é o linfoma?
O linfoma é um câncer que se origina no sistema linfático, uma rede complexa de vasos, tecidos e órgãos que desempenham um papel de extrema importância na imunidade. O sistema linfático é responsável por transportar a linfa, um fluido que contém glóbulos brancos, por todo o corpo, ajudando a combater infecções. Quando o linfoma se desenvolve, os linfócitos, um tipo de glóbulo branco, começam a se multiplicar de forma descontrolada, formando tumores que podem afetar os gânglios linfáticos, o baço, o timo e a medula óssea.
Conheça os sintomas:
Os sintomas do linfoma podem variar dependendo do tipo e do estágio da doença. Os sintomas mais comuns incluem:
- Aumento indolor dos gânglios linfáticos no pescoço, axilas e virilha
- Febre persistente, especialmente à noite
- Suores noturnos intensos
- Perda de peso inexplicável
- Cansaço excessivo e fraqueza
- Coceira na pele
- Tosse persistente ou dificuldade para respirar
- Dor de cabeça e dificuldade de concentração
Em alguns casos, o linfoma também pode causar dor abdominal, náuseas e vômitos. É crucial consultar um médico se você apresentar algum desses sintomas, especialmente se eles persistirem ou piorarem com o tempo.
Como é feito o diagnóstico?
Ele pode ser feito por um hematologista ou oncologista. O processo geralmente envolve:
- Exame físico: o médico avaliará os gânglios linfáticos e outros órgãos para verificar se há inchaço ou sensibilidade.
- Biópsia: uma amostra de tecido do gânglio linfático afetado é removida e examinada em laboratório para confirmar a presença de células cancerosas.
- Exames de imagem: exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética e PET-scan podem ser usados para determinar a extensão da doença.
- Exames de sangue: os exames de sangue podem ajudar a avaliar a saúde geral do paciente e detectar anormalidades relacionadas ao linfoma.
Tipos de linfoma:
- Linfoma de Hodgkin: é caracterizado pela presença de células anormais chamadas células de Reed-Sternberg. O linfoma de Hodgkin geralmente se desenvolve nos gânglios linfáticos da parte superior do corpo e se espalha de forma previsível.
- Linfoma não-Hodgkin: é mais comum e abrange um grupo diverso de subtipos, cada um com características e prognósticos específicos. Os linfomas não-Hodgkin podem afetar diferentes tipos de células do sistema linfático e se espalhar de maneira imprevisível.
Linfoma não-Hodgkin: uma visão detalhada
O linfoma não-Hodgkin é classificado em três tipos principais, de acordo com o tipo de célula afetada:
- Linfomas de células B: São os mais comuns, representando cerca de 85% dos casos.
- Linfomas de células T: São menos comuns que os linfomas de células B.
- Linfomas de células NK (células Natural Killer): São raros e agressivos.
Os linfomas não-Hodgkin também são classificados pela velocidade de progressão:
- Linfomas de baixo grau: tendem a crescer lentamente e podem não causar sintomas por muitos anos.
- Linfomas de grau intermediário: crescem mais rapidamente do que os linfomas de baixo grau.
- Linfomas de alto grau: são os mais agressivos e podem se espalhar rapidamente.
Tratamento do linfoma:
O tratamento pode variar de acordo com o tipo, estágio e características do paciente. As principais opções de tratamento incluem:
- Quimioterapia: utiliza medicamentos para destruir as células cancerosas.
- Radioterapia: utiliza radiação para destruir as células cancerosas.
- Imunoterapia: estimula o sistema imunológico do paciente a combater o câncer.
- Terapia alvo: utiliza medicamentos que atacam especificamente as células cancerosas.
- Terapia gênica: modifica os genes das células cancerosas para torná-las mais suscetíveis ao tratamento.
- Transplante de medula óssea: substitui a medula óssea do paciente por células-tronco saudáveis.
O tratamento do linfoma pode ser desafiador, mas os avanços médicos têm proporcionado resultados promissores, aumentando as chances de cura e sobrevida dos pacientes.
Fatores de risco para o linfoma:
Embora a causa exata ainda seja desconhecida, alguns fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença. Os fatores de risco incluem:
- Idade: é mais comum em pessoas mais velhas.
- Sexo: o linfoma não-Hodgkin é ligeiramente mais comum em homens.
- Infecções virais: a infecção por vírus como Epstein-Barr, HIV e HTLV-1 estão associadas a um risco aumentado de linfoma.
- Bactéria helicobacter pylori: esta bactéria, que causa úlceras estomacais, está relacionada a alguns tipos de linfoma.
- Sistema imunológico enfraquecido: pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como portadores de HIV ou transplantados, têm maior risco de linfoma.
- Doenças autoimunes: doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus, podem aumentar o risco de linfoma.
- Exposição a produtos químicos: a exposição a certos herbicidas e pesticidas pode estar ligada ao linfoma.
- Histórico familiar de linfoma: ter um parente próximo com linfoma pode aumentar o risco.
O linfoma é um câncer complexo que afeta o sistema linfático. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais para melhorar as chances de cura e sobrevida dos pacientes. Se você apresentar algum sintoma sugestivo de linfoma, procure um médico imediatamente.
Fontes: A.C. Câncer Center; Grupo Rede D’or; Terra