Saiba quais são os tipos e principais sintomas da psoríase

Manchas vermelhas, coceira, descamação... a psoríase pode se manifestar de diferentes formas. Descubra os tipos mais comuns e saiba como identificar os sintomas

A psoríase, uma doença de pele crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, finalmente teve sua causa desvendada. Pesquisas recentes indicam que a hepcidina, um hormônio que regula o ferro no corpo, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da psoríase. Essa descoberta abre caminho para novas estratégias de tratamento, oferecendo esperança para aqueles que sofrem com essa condição debilitante.

O que é psoríase e quais são os seus desafios?

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, não contagiosa, que se manifesta por meio de manchas vermelhas e escamosas, geralmente acompanhadas de coceira e, em alguns casos, dor. Ela afeta cerca de 190 milhões de pessoas globalmente, incluindo 3 milhões no Brasil. A doença não tem cura, mas existem tratamentos que ajudam a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A psoríase pode se manifestar em diferentes formas, com diferentes graus de severidade e em diferentes partes do corpo. As áreas mais comumente afetadas são o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco. A doença pode ter um impacto significativo na vida social, profissional e emocional das pessoas afetadas, causando constrangimento, isolamento e baixa autoestima.

A hepcidina: um novo alvo para o tratamento da psoríase

A hepcidina, um hormônio produzido principalmente no fígado, é responsável por regular os níveis de ferro no organismo. Estudos recentes revelaram que, em pessoas com psoríase, a hepcidina também é produzida na pele, o que é incomum. Além disso, foi observado que pacientes com psoríase apresentam altas concentrações de ferro na pele, possivelmente relacionadas à ação da hepcidina.

Experimentos em camundongos demonstraram que a exposição excessiva à hepcidina na pele induziu o desenvolvimento de condições semelhantes à psoríase, corroborando o papel do hormônio no desenvolvimento da doença. Essa descoberta sugere que a hepcidina é um alvo promissor para o desenvolvimento de novos tratamentos para a psoríase.

Novas perspectivas para o tratamento da psoríase: controlar a hepcidina

A descoberta da relação entre a hepcidina e a psoríase abre novas perspectivas para o tratamento da doença. Controlar a hepcidina pode ser uma estratégia eficaz para reduzir os sintomas da psoríase, controlar os surtos e até mesmo manter os pacientes em remissão.

Medicamentos que regulam a hepcidina poderiam prevenir a recorrência da psoríase, mantendo os sintomas sob controle a longo prazo. Essa abordagem terapêutica seria especialmente promissora para o tratamento da psoríase pustulosa, uma forma grave da doença que afeta a pele, unhas e articulações.

psoríase
Controlar a hepcidina pode ser uma estratégia eficaz para reduzir os sintomas da psoríase (Foto: Freepik)

Embora a cura para a psoríase ainda não esteja próxima, a regulação da hepcidina representa uma nova esperança para melhorar significativamente a vida de milhões de pessoas que convivem com essa doença. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar a eficácia e segurança dessa nova abordagem terapêutica e para desenvolver medicamentos que modulem a hepcidina de forma segura e eficaz.

Diferentes tipos de psoríase e seus sintomas

A psoríase se manifesta em diversas formas, cada uma com características e sintomas específicos. É importante conhecer os diferentes tipos de psoríase para que o diagnóstico e o tratamento sejam adequados.

  • Psoríase Vulgar: a forma mais comum, caracterizada por lesões avermelhadas e delimitadas, com escamas secas e prateadas, que surgem principalmente no couro cabeludo, joelhos e cotovelos.
  • Psoríase Invertida: apresenta lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras da pele, como axilas, virilhas e atrás dos joelhos.
  • Psoríase Gutata: manifesta-se por pequenas lesões em forma de gotas, geralmente no tronco, braços e coxas. É frequentemente associada a infecções e mais comum em crianças e adultos jovens.
  • Psoríase Eritrodérmica: uma forma grave e rara, que afeta grande parte do corpo, com lesões generalizadas e sintomas como febre e calafrios.
  • Psoríase Ungueal: afeta as unhas, causando alterações como depressões, manchas amareladas e espessamento.
  • Psoríase Artropática: acomete as articulações, provocando dor e inflamação. Pode levar a deformidades e limitação de movimentos.
  • Psoríase Pustulosa: caracterizada por lesões com pus (pústulas) que podem surgir nas mãos e pés (forma localizada) ou se espalhar pelo corpo.
  • Psoríase Palmo-Plantar: as lesões se manifestam como fissuras dolorosas nas palmas das mãos e solas dos pés.

Tratamentos atuais para a psoríase: buscando o controle da doença

Atualmente, o tratamento da psoríase visa controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. As opções terapêuticas variam de acordo com a gravidade e o tipo de psoríase, e incluem:

  • Tratamentos tópicos: cremes, pomadas e loções que são aplicados diretamente na pele para reduzir a inflamação e a descamação.
  • Fototerapia: exposição controlada à luz ultravioleta para reduzir a inflamação e a proliferação celular.
  • Medicamentos sistêmicos: medicamentos orais ou injetáveis que atuam no sistema imunológico para controlar a inflamação.
  • Terapias biológicas: medicamentos injetáveis que atuam em alvos específicos do sistema imunológico para reduzir a inflamação.

É importante ressaltar que o tratamento da psoríase deve ser individualizado e realizado sob orientação médica. O acompanhamento regular com um dermatologista é fundamental para ajustar o tratamento conforme a necessidade e monitorar os possíveis efeitos colaterais.

Estilo de vida e psoríase: dicas para o bem-estar

Além do tratamento médico, alguns hábitos de vida podem ajudar a controlar a psoríase e melhorar o bem-estar dos pacientes.

  • Hidratação da pele: manter a pele hidratada ajuda a reduzir a descamação e a coceira. É importante usar hidratantes adequados para pele sensível e evitar produtos que contenham fragrâncias ou corantes que possam irritar a pele.
  • Exposição solar moderada: a luz solar pode ajudar a controlar a psoríase, mas é importante evitar a exposição excessiva e se proteger adequadamente com protetor solar.
  • Alimentação saudável: uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e cereais integrais contribui para o bom funcionamento do sistema imunológico e pode ajudar a controlar a inflamação.
  • Controle do estresse: o estresse pode desencadear ou agravar os sintomas da psoríase. É importante buscar técnicas de relaxamento e gerenciamento do estresse, como yoga, meditação e exercícios de respiração.
  • Evitar o consumo de álcool e tabaco: o álcool e o tabaco podem agravar os sintomas da psoríase e interferir no tratamento.

A importância do acompanhamento médico e psicológico

O acompanhamento médico regular com um dermatologista é fundamental para o controle da psoríase e para o ajuste do tratamento conforme a necessidade. Além disso, o suporte psicológico pode ser importante para lidar com o impacto emocional da doença e para desenvolver mecanismos de enfrentamento para lidar com o estigma e a baixa autoestima.

Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde; Catraca-Livre; Hospital Albert Einstein

Últimos posts

CATEGORIAS

INSTAGRAM