O mercado farmacêutico tem visto um aumento na demanda por medicamentos que auxiliam na perda de peso, com destaque para Wegovy, Ozempic e o recém-chegado ao Brasil, Mounjaro. Enquanto os três medicamentos são eficazes no tratamento de diabetes tipo 2, suas diferenças na composição, aprovação para tratamento da obesidade e efeitos colaterais têm sido tópicos de debate.
O Wegovy, nome comercial da semaglutida, é o único dos três medicamentos aprovado no Brasil para o tratamento da obesidade, enquanto o Ozempic, também composto por semaglutida, mas em dosagem diferente, é indicado para diabetes tipo 2. O Mounjaro, por sua vez, embora tenha demonstrado resultados promissores na perda de peso em estudos clínicos, ainda aguarda aprovação no Brasil para essa finalidade.
A principal diferença entre eles reside na composição. O Ozempic e o Wegovy contêm semaglutida, um análogo do hormônio GLP-1, que atua regulando a glicose no sangue e promovendo a redução do apetite. Já o Mounjaro é composto por tirzepatida, uma molécula que estimula tanto o GLP-1 quanto o GIP, outro hormônio que impacta a produção de insulina.
Estudos indicam que a tirzepatida presente no Mounjaro pode ser mais eficaz na perda de peso em comparação à semaglutida. Um estudo da Truveta Research revelou que participantes utilizando tirzepatida tiveram maior sucesso na perda de peso corporal em um período de 12 meses. Além disso, ensaios clínicos do Mounjaro mostraram uma perda de peso média de 26,6% ao longo de 84 semanas, enquanto o Ozempic apresentou uma redução média de 15% após 68 semanas.
É importante destacar que, apesar dos resultados promissores, o uso desses medicamentos deve ser feito sob acompanhamento médico. Tanto o Ozempic quanto o Mounjaro podem causar efeitos colaterais, como náusea, vômito e diarreia. No caso do Mounjaro, estudos indicam que os efeitos gastrointestinais podem ser mais intensos, levando à interrupção do tratamento em alguns casos.
A decisão sobre qual medicamento é mais adequado deve ser tomada em conjunto com um profissional de saúde, considerando as necessidades individuais de cada paciente. É fundamental analisar o histórico médico, os objetivos de tratamento e os possíveis riscos e benefícios de cada opção.
Fonte: Hospital São Camilo e FGH Medicina