Estes são os 4 sintomas de doenças hepáticas que merecem atenção

O combate à obesidade e a vacinação contra hepatites são essenciais para prevenir doenças hepáticas. Conheça os principais sintomas e como proteger o seu corpo

O fígado, um dos maiores e mais importantes órgãos do corpo humano, desempenha funções vitais para o bom funcionamento do organismo. Responsável por filtrar o sangue, produzir proteínas, armazenar vitaminas e auxiliar na digestão, o fígado é essencial para a nossa saúde. No entanto, diversos fatores podem comprometer a saúde hepática, levando ao desenvolvimento de doenças hepáticas, que afetam milhões de brasileiros e representam um desafio para a saúde pública no país.

Sintomas silenciosos e a importância da atenção aos sinais

As doenças hepáticas podem se manifestar de forma silenciosa, sem sintomas aparentes em estágios iniciais. Porém, à medida que a doença progride, alguns sinais podem surgir, indicando a necessidade de atenção médica. Entre os sintomas mais comuns, destacam-se:

  • Icterícia: coloração amarelada da pele e dos olhos, causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue, um pigmento produzido pelo fígado.
  • Ascite: acúmulo de líquido na cavidade abdominal, popularmente conhecido como “barriga d’água”, que pode causar inchaço e desconforto.
  • Encefalopatia hepática: alteração das funções cerebrais, como confusão mental, sonolência e dificuldade de concentração, causada pelo acúmulo de toxinas no sangue que o fígado não consegue filtrar.
  • Sangramento digestivo: vômitos com sangue ou fezes escuras e com odor forte, que podem indicar sangramento no esôfago ou estômago, em casos de cirrose avançada.

É importante ressaltar que esses sintomas podem ser inespecíficos e estar relacionados a outras condições médicas, por isso, a avaliação médica é crucial para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Fatores de risco e prevenção: cuidando da saúde do seu fígado

As doenças hepáticas podem ter diversas causas, desde infecções virais até hábitos de vida inadequados. Alguns dos principais fatores de risco incluem:

  • Consumo excessivo de álcool: o álcool é uma das principais causas de doenças hepáticas, como a esteatose hepática (gordura no fígado) e a cirrose.
  • Obesidade e sobrepeso: o excesso de peso, especialmente a gordura abdominal, aumenta o risco de esteatose hepática, que pode evoluir para cirrose e outras complicações.
  • Hepatites virais: as hepatites A, B e C são infecções que causam inflamação no fígado e podem levar a danos crônicos ao órgão. A vacinação é uma medida eficaz para prevenir as hepatites A e B.
  • Diabetes: pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver esteatose hepática e outras doenças hepáticas.

Adotar hábitos de vida saudáveis é fundamental para prevenir doenças hepáticas e proteger a saúde do seu fígado. Algumas medidas importantes incluem:

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A colestase é uma condição que afeta o fluxo da bile (Foto: Freepik)
  • Manter uma dieta equilibrada: priorizar alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras, legumes e proteínas magras, e evitar o consumo excessivo de gorduras, açúcares e alimentos processados.
  • Praticar atividade física regularmente: a prática regular de exercícios físicos auxilia no controle do peso, reduz a gordura abdominal e melhora a saúde cardiovascular, contribuindo para a prevenção de doenças hepáticas.
  • Evitar o consumo de álcool: limitar ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas é essencial para proteger o fígado de danos.
  • Vacinar-se contra as Hepatites A e B: a vacinação é uma medida segura e eficaz para prevenir a infecção pelos vírus da hepatite A e B.
  • Utilizar medicamentos com cautela: evitar a automedicação e utilizar medicamentos apenas com prescrição médica, pois alguns medicamentos podem ser tóxicos para o fígado.

Diagnóstico precoce e tratamento: a importância do acompanhamento médico

O diagnóstico precoce das doenças hepáticas é fundamental para aumentar as chances de sucesso do tratamento e evitar complicações graves, como a cirrose e o câncer de fígado. A avaliação médica, por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, permite identificar a causa da doença e determinar o tratamento mais adequado.

Os tratamentos para doenças hepáticas variam de acordo com a causa e a gravidade da doença. Em alguns casos, mudanças no estilo de vida, como perda de peso e controle do diabetes, podem ser suficientes para controlar a doença. Em outros casos, medicamentos específicos, como antivirais para hepatites e imunossupressores para doenças autoimunes, podem ser necessários.

A importância do sistema público de saúde no combate às doenças hepáticas

O Brasil possui um sistema público de saúde que oferece acesso gratuito a serviços de saúde, incluindo o diagnóstico e tratamento de doenças hepáticas. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza exames preventivos, vacinação contra as hepatites A e B, medicamentos e, em casos mais graves, transplante de fígado.

No entanto, a alta demanda por serviços de saúde, a falta de investimentos e a desigualdade no acesso aos serviços de saúde em diferentes regiões do país representam desafios para o SUS no combate às doenças hepáticas. É fundamental investir na melhoria da infraestrutura do SUS, na capacitação de profissionais de saúde e na conscientização da população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças hepáticas.

As doenças hepáticas representam um problema de saúde pública que afeta milhões de brasileiros. A prevenção, por meio de hábitos de vida saudáveis, a vacinação contra as hepatites A e B e o diagnóstico precoce, por meio de consultas médicas regulares e exames, são medidas essenciais para proteger a saúde do fígado e garantir uma vida longa e saudável.

Fontes: Beep Saúde; CNN Brasil; Rede D’or São Luiz; UFMG

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