Câncer colorretal: conheça os sintomas, tratamento e como se prevenir

Mudanças no intestino, sangramento e dores abdominais podem ser sinais do câncer colorretal. Faça exames preventivos após os 50 anos e viva com mais saúde

O câncer colorretal, que afeta o intestino grosso e o reto, é uma doença grave, mas que pode ser tratada com sucesso se diagnosticada precocemente. Nos países ocidentais, o câncer colorretal é uma das principais causas de morte por câncer, com uma incidência que aumenta significativamente após os 40 anos de idade. Embora a doença seja séria, a boa notícia é que a taxa de mortalidade tem diminuído nas últimas décadas, em parte devido à melhoria nos exames preventivos. Neste artigo, vamos explorar os sintomas, as causas, o diagnóstico, o tratamento e a prevenção do câncer colorretal.

Sintomas silenciosos que exigem atenção

O câncer colorretal é uma doença que se desenvolve lentamente, muitas vezes sem apresentar sintomas em seus estágios iniciais. Quando os sintomas aparecem, podem variar de acordo com o tamanho e localização do tumor. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

  • Mudanças no hábito intestinal: diarreia ou constipação persistente podem ser indicativos de problemas no intestino.
  • Sangue nas fezes: a presença de sangue nas fezes, visível ou não, é um sinal de alerta que não deve ser ignorado. Mesmo que você tenha histórico de hemorroidas ou diverticulite, o sangramento retal sempre deve ser investigado por um médico.
  • Dor abdominal: cólicas, dores intensas ou desconforto abdominal persistente podem indicar a presença de um tumor.
  • Fadiga e fraqueza: a anemia causada por sangramento oculto (não visível a olho nu) pode levar à fadiga e fraqueza.
  • Perda de peso inexplicável: a perda de peso sem motivo aparente é um sintoma comum em diversos tipos de câncer, incluindo o colorretal.

Fatores de risco que aumentam a probabilidade da doença

Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolver câncer colorretal. Conhecê-los é fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce. Os principais fatores de risco incluem:

  • Histórico familiar: pessoas com parentes próximos que tiveram câncer colorretal têm um risco aumentado de desenvolver a doença.
  • Idade: a incidência do câncer colorretal aumenta significativamente após os 50 anos de idade, sendo recomendado iniciar o rastreamento preventivo a partir dessa idade.
  • Dieta: uma dieta rica em gordura, carne vermelha e processada, e pobre em fibras está associada a um maior risco de câncer colorretal.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física regular aumenta o risco de desenvolver a doença.
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool: o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são fatores de risco para diversos tipos de câncer, incluindo o colorretal.
  • Doenças inflamatórias intestinais: pessoas com doença de Crohn ou colite ulcerativa têm um risco aumentado de desenvolver câncer colorretal.
  • Síndromes hereditárias: algumas síndromes hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar e a síndrome de Lynch, aumentam consideravelmente o risco de desenvolver a doença.

Diagnóstico: exames que detectam a doença

A detecção precoce do câncer colorretal é fundamental para o sucesso do tratamento. Os principais exames utilizados para o diagnóstico incluem:

Doenças Hepáticas
As doenças hepáticas representam um problema de saúde pública que afeta milhões de brasileiros (Foto: Freepik)
  • Pesquisa de sangue oculto nas fezes: esse exame detecta a presença de sangue nas fezes, mesmo que não seja visível a olho nu. É um exame simples e não invasivo, recomendado para pessoas a partir dos 50 anos de idade.
  • Colonoscopia: a colonoscopia é o exame mais preciso para diagnosticar o câncer colorretal. Nesse procedimento, um tubo fino com uma câmera na ponta é inserido no reto para visualizar o interior do intestino grosso. Durante a colonoscopia, o médico pode remover pólipos (pequenas lesões que podem evoluir para câncer) e realizar biópsias.
  • Exames de imagem: exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia podem ser utilizados para avaliar a extensão do tumor e verificar se houve metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).

Tratamento: opções para combater a doença

O tratamento do câncer colorretal depende do estágio da doença, da localização do tumor e das condições de saúde do paciente. As principais modalidades de tratamento incluem:

  • Cirurgia: a cirurgia é o tratamento mais comum para o câncer colorretal. Na maioria dos casos, o segmento do intestino afetado pelo tumor é removido cirurgicamente, juntamente com os gânglios linfáticos próximos. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de uma colostomia, um procedimento cirúrgico que cria uma abertura no abdômen para a eliminação das fezes.
  • Quimioterapia: a quimioterapia utiliza medicamentos para destruir as células cancerosas. Pode ser utilizada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor, após a cirurgia para eliminar células cancerosas remanescentes ou em casos de câncer avançado, para aliviar os sintomas e aumentar a sobrevida.
  • Radioterapia: a radioterapia utiliza radiação para destruir as células cancerosas. Pode ser utilizada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor, após a cirurgia para evitar a recorrência do câncer ou em casos de câncer avançado, para aliviar os sintomas.
  • Imunoterapia: a imunoterapia estimula o sistema imunológico do paciente a combater o câncer. É uma modalidade de tratamento mais recente, que tem mostrado resultados promissores no tratamento do câncer colorretal.

Prevenção: adotando hábitos saudáveis para reduzir o risco

A prevenção do câncer colorretal envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis, a realização de exames preventivos e, em alguns casos, o uso de medicamentos. As principais medidas de prevenção incluem:

  • Dieta saudável: adotar uma dieta rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais e pobre em gordura, carne vermelha e processada.
  • Atividade física regular: praticar pelo menos 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana.
  • Manter um peso saudável: a obesidade é um fator de risco para diversos tipos de câncer, incluindo o colorretal.
  • Não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool: o tabagismo e o consumo excessivo de álcool aumentam o risco de desenvolver a doença.
  • Realizar exames preventivos: a partir dos 50 anos de idade, é recomendado realizar exames preventivos para detectar o câncer colorretal em estágio inicial. Os exames preventivos mais comuns são a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia.
  • Uso de aspirina em baixa dose: em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de aspirina em baixa dose para prevenir o câncer colorretal. No entanto, o uso de aspirina deve ser discutido com o médico, pois pode causar efeitos colaterais.

O câncer colorretal é uma doença grave, mas que pode ser tratada com sucesso se diagnosticada precocemente. Conhecer os sintomas, os fatores de risco e as medidas de prevenção é fundamental para proteger sua saúde. Adotar hábitos de vida saudáveis e realizar exames preventivos regularmente são as melhores formas de prevenir o câncer colorretal e garantir uma vida mais longa e saudável.

Fontes: Manual MSD; Pfizer; Rede D’or São Luiz

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