Entenda o motivo dos casos de AVC em pessoas jovens ter aumentando

Casos de AVC em pessoas com menos de 70 anos aumentaram, e em 18% dos casos no Brasil atinge jovens de 18 a 45 anos. Os sintomas incluem dor de cabeça intensa, fraqueza e problemas de fala

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma condição médica grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora seja frequentemente associado a indivíduos mais velhos, dados recentes revelam um aumento alarmante na incidência de AVC em pessoas jovens, o que exige atenção e conscientização sobre os fatores de risco, sintomas e medidas preventivas.

Aumento de casos de AVC em pessoas jovens: um sinal de alerta

Estudos recentes indicam um crescimento preocupante nos casos de AVC em pessoas com menos de 70 anos, com um aumento de 14,8% em todo o mundo. No Brasil, cerca de 18% dos casos de AVC ocorrem em indivíduos entre 18 e 45 anos, destacando a necessidade de abordar esse problema de saúde pública de forma abrangente.

Diversos fatores contribuem para essa tendência, incluindo o estilo de vida moderno, caracterizado por sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, estresse e ansiedade, que podem levar a condições como obesidade, diabetes e hipertensão, mesmo em jovens.

Mudanças climáticas e poluição: novos fatores de risco

Além dos fatores de risco tradicionais, as mudanças climáticas, com o aumento das temperaturas, e a poluição ambiental também estão sendo apontadas como potenciais contribuintes para o aumento dos casos de AVC, especialmente em áreas urbanas.

Sintomas do AVC: reconhecimento rápido é essencial

O AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido, seja por um coágulo ou por um sangramento. O reconhecimento precoce dos sintomas é fundamental para garantir um tratamento eficaz e minimizar as sequelas.

Dia mundial do AVC
O consumo excessivo de álcool pode danificar o coração e os vasos sanguíneos, aumentando o risco de AVC.

Os principais sintomas incluem:

  • Dor de cabeça intensa e repentina: este é um dos sintomas mais comuns, especialmente em AVCs hemorrágicos.
  • Fraqueza ou dormência na face, braço ou perna: a paralisia ou perda de força em um lado do corpo é um sinal clássico.
  • Dificuldade para falar ou entender a fala: a fala arrastada, confusa ou a incapacidade de se comunicar são sintomas neurológicos importantes.
  • Problemas de visão: perda repentina de visão em um ou ambos os olhos, visão turva ou dupla podem ocorrer.
  • Tontura, perda de equilíbrio e coordenação: a instabilidade ao caminhar ou a incapacidade de se manter em pé.

É importante lembrar que o tempo é essencial no tratamento do AVC. A sigla SAMU, utilizada para memorizar os sintomas, também reforça a necessidade de acionar o serviço de emergência o mais rápido possível.

Tratamentos eficazes e reabilitação: uma abordagem multidisciplinar

O tratamento do AVC depende do tipo e da gravidade da condição. Para os isquêmicos, a medicação trombolítica, que dissolve o coágulo, deve ser administrada nas primeiras 4 horas e meia após o início dos sintomas. Em alguns casos, um procedimento chamado cateterismo cerebral pode ser realizado para remover o coágulo.

A reabilitação é uma parte fundamental do tratamento, especialmente no primeiro ano após o evento, quando a neuroplasticidade cerebral é maior. A fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, entre outras especialidades, auxiliam na recuperação das funções perdidas e na adaptação à nova realidade.

Prevenção do AVC: adotando um estilo de vida saudável

  • Alimentação equilibrada: rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais, com baixo consumo de gorduras saturadas, açúcar e sal.
  • Exercício físico regular: pelo menos 150 minutos por semana de atividade física moderada, como caminhada, natação ou ciclismo.
  • Controle da pressão arterial: monitorar a pressão arterial regularmente e seguir as recomendações médicas para o controle da hipertensão.
  • Controle do diabetes: manter os níveis de açúcar no sangue controlados, por meio de dieta, medicamentos e acompanhamento médico regular.
  • Controle do colesterol: adotar hábitos alimentares saudáveis e, se necessário, utilizar medicamentos para controlar os níveis de colesterol.
  • Abandono do tabagismo: parar de fumar é fundamental para reduzir o risco de AVC, doenças cardíacas e diversos outros problemas de saúde.
  • Consumo moderado de álcool: evitar o consumo excessivo de álcool, que pode aumentar a pressão arterial e contribuir para o AVC.
  • Gerenciamento do estresse: buscar atividades que promovam o bem-estar mental e emocional, como meditação, yoga ou exercícios de relaxamento.

O AVC é uma condição médica grave que pode afetar pessoas de todas as idades, inclusive jovens. A conscientização sobre os fatores de risco, sintomas e medidas preventivas é fundamental para reduzir a incidência da doença e garantir um tratamento eficaz. A adoção de um estilo de vida saudável, o reconhecimento rápido dos sintomas e o acesso a cuidados médicos adequados são essenciais para combater essa ameaça crescente à saúde pública.

Fontes: CNN Brasil; Jornal Estado de Minas; Pfizer

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