Descubra as 12 principais causas das pedras nos rins

Dor e desconforto abdominal? Entenda como fatores como hidratação e dietas inadequadas podem causar pedras nos rins

Os rins são órgãos vitais do corpo humano, responsáveis pela filtragem de substâncias tóxicas e excesso de líquidos do sangue. A eliminação dessas substâncias ocorre através da urina. Além disso, os rins mantêm o equilíbrio de minerais como sódio e potássio, controlam a pressão arterial e estão ligados à produção de hormônios. Quando há um acúmulo de sais e minerais nos rins, podem surgir os cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins. Essas formações endurecidas resultam do acúmulo de cristais presentes na urina.

Causas da formação de pedras nos rins

Diversos fatores podem levar à formação de cálculos renais. Entre as causas mais comuns estão:

  • Predisposição genética: A história familiar de cálculos renais pode aumentar o risco de desenvolver a condição.
  • Volume insuficiente de urina: A baixa ingestão de líquidos leva à concentração de sais na urina, facilitando a formação de pedras.
  • Urina supersaturada de sais: Quando a urina contém excesso de minerais, há maior chance de esses cristais se acumularem e formarem pedras.
  • Fatores ambientais: Clima quente, exposição ao calor e ambientes com ar condicionado podem contribuir para a desidratação e aumento da concentração de sais na urina.
  • Sedentarismo e obesidade: A falta de atividade física e o excesso de peso podem influenciar o metabolismo e aumentar o risco de cálculos renais.
  • Dieta inadequada: O consumo excessivo de proteínas e sal pode sobrecarregar os rins e aumentar a concentração de substâncias que formam as pedras.
  • Alterações anatômicas: Problemas nas vias urinárias podem dificultar o fluxo normal da urina, favorecendo a formação de cálculos.
  • Obstrução das vias urinárias: Qualquer bloqueio no sistema urinário pode causar o acúmulo de urina e aumentar o risco de formação de cálculos.
  • Hiperparatireoidismo: Este distúrbio hormonal afeta o metabolismo do cálcio, elevando os níveis desse mineral no sangue e na urina, o que pode levar à formação de pedras.
  • Imobilização prolongada: A falta de movimento pode aumentar a reabsorção de cálcio pelos ossos, elevando seus níveis na urina.
  • Doenças inflamatórias intestinais: Condições como a doença de Crohn podem aumentar a predisposição à formação de cálculos renais.
  • Uso prolongado de medicamentos: Certos tipos de analgésicos podem contribuir para a formação de cálculos renais.

Sintomas do cálculo renal

A presença de cálculos renais pode variar de casos assintomáticos até quadros de dor intensa. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor intensa: Geralmente, a dor se inicia nas costas e irradia para o abdômen, em direção à virilha. Essa dor é caracterizada por cólicas, com picos de dor intensa seguidos de alívio.
  • Náuseas e vômitos: A dor intensa pode provocar esses sintomas associados.
  • Sangue na urina: A presença de sangue na urina é um sinal comum de irritação causada pelas pedras.
  • Alterações no fluxo urinário: Pode haver diminuição ou interrupção do fluxo urinário, assim como aumento da frequência urinária.
  • Infecções urinárias: Os cálculos podem levar a infecções no trato urinário.
  • Urina turva: A urina pode apresentar aspecto turvo devido à presença de cristais.

É importante ressaltar que, embora a passagem da pedra pelo ureter possa ser muito dolorosa, as pedras nos rins não causam problemas permanentes se forem identificadas e tratadas adequadamente.

Tratamento do cálculo renal

O tratamento para cálculos renais varia dependendo do tamanho e localização da pedra, bem como da intensidade dos sintomas. As opções incluem:

casos de câncer
Beber de 2 a 3 litros de água por dia ajuda a diluir os sais na urina, prevenindo a formação de pedras (Foto: Freepik)
  • Tratamento clínico: O uso de medicamentos para controlar a dor e auxiliar na eliminação espontânea do cálculo é comum. Em alguns casos, também são prescritos medicamentos para alterar a composição da urina.
  • Litotripsia: Este procedimento utiliza ondas de choque para fragmentar as pedras em partículas menores, facilitando sua eliminação através da urina.
  • Cirurgia: Em casos onde a pedra não é eliminada espontaneamente ou por litotripsia, pode ser necessária a remoção cirúrgica. A cirurgia pode ser feita por via endoscópica ou ureteroscopia, para remover a pedra dos rins ou do ureter. Uma técnica cirúrgica minimamente invasiva é a ureterorrenolitotripsia flexível, que utiliza um laser para pulverizar as pedras.

Prevenção do cálculo renal

A prevenção é fundamental para evitar a formação de cálculos renais. Algumas medidas simples e eficazes incluem:

  • Aumento da ingestão de líquidos: Beber de 2 a 3 litros de água por dia ajuda a diluir os sais na urina, prevenindo a formação de pedras. Sucos naturais, especialmente os cítricos como limão e laranja, também são recomendados.
  • Redução do consumo de sal e sódio: Diminuir a ingestão de sal e alimentos processados, embutidos e enlatados contribui para reduzir a quantidade de sódio na urina.
  • Controle do consumo de proteína animal: O excesso de proteína animal pode aumentar a concentração de ácido úrico na urina, favorecendo a formação de cálculos. Portanto, reduzir o consumo de carne vermelha, frango e outros alimentos ricos em proteína animal é importante.
  • Prática regular de atividade física: A atividade física regular ajuda a manter o metabolismo equilibrado e reduzir o risco de cálculos renais.
  • Perda de peso: Manter um peso saudável também contribui para a prevenção de cálculos renais.
  • Consumo de alimentos ricos em potássio e citratos: Frutas como laranja e vegetais verdes-escuros contêm citratos e potássio, que ajudam a inibir a formação de cálculos renais.

É importante destacar que, ao perceber a possibilidade de estar eliminando um cálculo, é recomendável utilizar um filtro de papel para recolhê-lo. A análise da composição da pedra pode auxiliar o médico na escolha do tratamento mais adequado. Além disso, qualquer dor intensa nas costas ou abdômen, acompanhada de sinais de sangue na urina, deve ser motivo para procurar atendimento médico imediato.

Pacientes com histórico de dois ou mais episódios de cólica renal precisam investigar a causa, por meio de exames de sangue e urina de 24 horas, para verificar a presença de distúrbios de metabolismo. Caso não seja feita essa investigação, a chance de recorrência da formação de pedras é de 90%.

Em resumo, os cálculos renais são uma condição comum, mas com medidas preventivas e tratamento adequado, é possível minimizar seus impactos. A hidratação, dieta equilibrada, prática de atividade física e controle de fatores de risco são essenciais para a prevenção e o tratamento eficaz das pedras nos rins.

Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde MS; Hospital Israelita Albert Einstein; Dr. Luiz Takano – Especialista em Tratamento de Pedras nos Rins

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