As doenças crônicas representam um desafio crescente para a saúde pública no Brasil e no mundo. Caracterizadas por sua longa duração e progressão lenta, exigem acompanhamento médico contínuo e podem impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Este artigo explora os tipos mais comuns de doenças crônicas, seus fatores de risco e a importância da prevenção.
Diferente das doenças agudas, que se manifestam rapidamente e têm curta duração, as doenças crônicas se desenvolvem gradualmente e persistem por longos períodos, podendo acompanhar o paciente por toda a vida. Em muitos casos, não há cura, mas sim tratamento para controlar os sintomas e prevenir complicações. De acordo com o Ministério da Saúde e o IBGE, as doenças crônicas correspondem a mais de 72% das causas de mortes no Brasil.
Fatores de risco e prevenção:
Um aspecto preocupante é que a maioria das doenças crônicas está relacionada a fatores de risco modificáveis, ou seja, hábitos e comportamentos que podem ser alterados. Entre os principais fatores de risco, destacam-se:
- Tabagismo: O cigarro é um dos principais vilões da saúde, estando associado a diversos tipos de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares.
- Má Nutrição: Uma dieta rica em gorduras saturadas e trans, açúcar e sal, combinada ao baixo consumo de frutas, verduras e legumes, aumenta o risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2, obesidade e alguns tipos de câncer.
- Sedentarismo: A falta de atividade física regular está relacionada ao aumento do risco de obesidade, doenças cardíacas, diabetes tipo 2, osteoporose e alguns tipos de câncer.
- Consumo Excessivo de Álcool: O consumo abusivo de álcool pode levar a problemas no fígado, pancreatite, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e problemas mentais.
As 10 doenças crônicas mais comuns:
- Diabetes: É uma doença caracterizada pela incapacidade do corpo de produzir ou usar adequadamente a insulina, hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue. O diabetes pode levar a complicações graves, como problemas nos rins, visão, coração e circulação.
- Hipertensão Arterial: Conhecida como “pressão alta”, é definida pela elevação persistente da pressão nas artérias, o que aumenta o risco de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.
- Colesterol Alto: O acúmulo de placas de gordura nas artérias, causado principalmente por altos níveis de colesterol LDL (“colesterol ruim”), dificulta o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
- Doenças Respiratórias Crônicas: A asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) estão entre as doenças respiratórias crônicas mais comuns, afetando a função pulmonar e dificultando a respiração. A exposição ao fumo, poluição e alérgenos são fatores de risco importantes.
- Obesidade: Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, a obesidade é um fator de risco para diversas doenças, como diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas, apneia do sono e alguns tipos de câncer.
- Osteoporose: A perda de densidade óssea, característica da osteoporose, aumenta o risco de fraturas, especialmente em idosos. A deficiência de cálcio e vitamina D, o sedentarismo e a idade avançada são fatores de risco.
- Doença de Alzheimer: Doença neurodegenerativa que causa perda de memória, declínio cognitivo e alterações comportamentais. É a forma mais comum de demência entre idosos.
- Doença de Parkinson: Distúrbio neurodegenerativo que afeta o sistema nervoso central, causando tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e dificuldades de equilíbrio.
- Depressão: Doença mental crônica que causa tristeza profunda, perda de interesse em atividades, fadiga, alterações no sono e apetite e pensamentos negativos. O estresse, eventos traumáticos e predisposição genética são alguns dos fatores desencadeantes.
- Câncer: Grupo de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e descontrolado de células, que podem invadir tecidos e órgãos vizinhos. O tabagismo, a má alimentação e a exposição excessiva ao sol são alguns dos fatores de risco.
As doenças crônicas representam um desafio de saúde pública que exige atenção e medidas preventivas eficazes. A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, abstenção do tabagismo e moderação no consumo de álcool, desempenha um papel crucial na prevenção e controle dessas doenças. É fundamental consultar um profissional de saúde regularmente para realizar exames preventivos e buscar orientação médica adequada para manter a saúde em todas as etapas da vida.
Fontes: Catraca-Livre; Médico 24 Horas; Blog da Sami
