Um aborto espontâneo, também conhecido como natural, é uma situação delicada que afeta muitas mulheres durante a gravidez. Compreender os sintomas, as causas e os tipos é crucial para que a mulher possa identificar os sinais de alerta e procurar ajuda médica imediatamente.
Sintomas de aborto: quando suspeitar?
Os sintomas podem variar de mulher para mulher e de acordo com o tipo e a fase da gestação. É importante estar atenta a qualquer sinal incomum e buscar orientação médica em caso de suspeita. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Sangramento vaginal: o sangramento vaginal durante a gravidez pode ser um sintoma, especialmente se for intenso, acompanhado de cólicas fortes ou se a cor do sangue for vermelho vivo.
- Cólicas abdominais intensas: cólicas menstruais fortes e persistentes, que podem se estender para as costas.
- Eliminação de coágulos sanguíneos: a presença de coágulos sanguíneos no corrimento vaginal, especialmente se forem grandes ou acompanhados de tecido cinza.
- Desaparecimento dos sintomas da gravidez: a diminuição repentina dos sintomas da gravidez, como náuseas, sensibilidade nos seios e fadiga.
- Febre e calafrios: a presença de febre alta (acima de 38°C) e calafrios, juntamente com outros sintomas.
- Corrimento vaginal com odor fétido: um corrimento vaginal com odor desagradável pode ser um sinal de infecção.
- Ausência de movimentos fetais: a partir do segundo trimestre, a ausência de movimentos fetais por um período prolongado (mais de 5 horas).
É fundamental ressaltar que a presença de um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que a mulher esteja sofrendo um aborto. É crucial procurar um médico para uma avaliação precisa.
Fatores de risco e prevenção:
As causas desse acontecimento são diversas, em muitos casos, difíceis de determinar. Alguns fatores, no entanto, aumentam o risco, como:
- Idade materna avançada: mulheres com mais de 35 anos têm um risco maior em comparação com mulheres mais jovens.
- Histórico anteriores: mulheres que já sofreram abortos espontâneos têm um risco aumentado de sofrerem novos.
- Doenças crônicas: doenças como diabetes, hipertensão arterial, doenças autoimunes e problemas de tireoide, se não controladas adequadamente, podem aumentar esse risco.
- Anormalidades cromossômicas no feto: a maioria deles, no primeiro trimestre, ocorre devido a problemas genéticos no embrião, que impedem o seu desenvolvimento normal.
- Consumo de álcool, drogas e tabaco: o uso de substâncias como álcool, drogas ilícitas e tabaco durante a gestação aumenta significativamente o risco de aborto e outros problemas para o bebê.
- Infecções: algumas infecções maternas, como infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus, podem aumentar o risco da morte fetal.
- Fatores uterinos: anomalias no útero, como miomas, pólipos endometriais e insuficiência cervical.
Embora nem sempre seja possível evitar que isso aconteça, algumas medidas podem ajudar a reduzir os riscos, como:
- Realizar o pré-natal completo: o acompanhamento médico regular durante toda a gestação é fundamental para identificar e tratar precocemente qualquer problema que possa aumentar o risco.
- Manter um estilo de vida saudável: adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos leves e evitar o consumo de álcool, drogas e tabaco, é essencial para uma gravidez saudável.
- Tratar doenças pré-existentes: controlar doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas de tireoide, é fundamental para reduzir o risco de complicações durante a gestação.
- Evitar a automedicação: é crucial evitar o uso de qualquer medicamento sem orientação médica durante a gravidez, pois alguns medicamentos podem ser prejudiciais ao desenvolvimento do feto.
Os abortos espontâneos podem ser classificados em diferentes tipos, de acordo com a forma como ocorrem e a quantidade de tecido gestacional expelido:
- Completo: Ocorre quando todo o tecido gestacional é expelido do útero.
- Incompleto: Apenas parte do tecido gestacional é expelida, sendo necessário realizar uma curetagem uterina para remover os restos placentários.
- Retido: O embrião ou feto deixa de se desenvolver e permanece no útero, sem que haja sangramento ou outros sintomas evidentes de aborto.
É importante destacar que as informações apresentadas neste texto têm caráter informativo e não substituem a consulta médica. Em caso de suspeita de aborto, procure um médico imediatamente.
Fonte: Tua Saúde; Rede São Luiz