9 dicas para melhorar a enxaqueca

Enxaqueca afeta 15% dos brasileiros e causa dor de cabeça latejante, náuseas e sensibilidade à luz. O tratamento inclui medicamentos preventivos, além de mudanças no estilo de vida

A enxaqueca, uma condição neurológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é muito mais do que uma simples dor de cabeça. Caracterizada por dores latejantes, geralmente em um lado da cabeça, a enxaqueca pode ser acompanhada por uma série de sintomas debilitantes, como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som. Este guia abrangente explora os sintomas, causas e opções de tratamento para a enxaqueca, fornecendo informações valiosas para quem busca alívio e melhor qualidade de vida.

Reconhecendo os sinais: sintomas da enxaqueca

A dor de cabeça latejante é o sintoma mais característico da enxaqueca, mas a experiência individual pode variar. As dores podem ser intensas, piorando com o movimento ou esforço físico. Outros sintomas comuns incluem:

  • Náuseas e vômitos
  • Aumento da sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia)
  • Dificuldade de concentração
  • Tonturas
  • Sensibilidade a odores

Enxaqueca com aura: uma experiência distinta

Algumas pessoas experimentam a enxaqueca com aura, uma forma da condição que envolve distúrbios visuais ou sensoriais antes ou durante a dor de cabeça. As auras podem se manifestar como:

  • Flashes de luz
  • Pontos brilhantes ou linhas em ziguezague no campo visual
  • Formigamento ou dormência no corpo
  • Dificuldade de fala

É importante observar que as auras geralmente são temporárias e desaparecem em menos de uma hora.

Desvendando as causas: fatores que desencadeiam a enxaqueca

As causas exatas da enxaqueca ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais desempenhe um papel importante.

Fatores de Risco:

  • Sexo: as mulheres têm maior probabilidade de desenvolver, possivelmente devido a flutuações hormonais.
  • Histórico familiar: ter um familiar próximo aumenta o risco.
  • Estresse: períodos de estresse intenso ou prolongado podem desencadear crises.

Gatilhos Comuns:

  • Alterações hormonais, como as que ocorrem durante o ciclo menstrual ou na gravidez
  • Estresse e ansiedade
  • Privação de sono ou excesso de sono
  • Mudanças climáticas bruscas
  • Jejum prolongado
  • Cafeína em excesso ou abstinência de cafeína
  • Alimentos específicos, como chocolate, queijo, vinho tinto e alimentos processados
  • Odores fortes, como perfumes ou fumaça de cigarro
  • Luzes brilhantes ou piscantes
  • Ruídos altos

Buscando alívio: opções de tratamento para enxaqueca

O tratamento da enxaqueca visa aliviar a dor durante as crises e prevenir a ocorrência de novos episódios. O plano de tratamento ideal varia de acordo com a frequência, intensidade e impacto das crises na vida do paciente.

enxaqueca
As dores podem ser intensas, piorando com o movimento ou esforço físico (Foto: Freepik)

Tratamento para alívio da dor:

  • Analgésicos de venda livre: paracetamol ou ibuprofeno podem ser eficazes para crises leves a moderadas.
  • Triptanos: essa classe de medicamentos atua nos receptores de serotonina no cérebro, aliviando a dor e outros sintomas.
  • Antieméticos: medicamentos para náuseas e vômitos podem ser prescritos para aliviar esses sintomas.

Tratamento preventivo:

  • Betabloqueadores: esses medicamentos, comumente usados para tratar a pressão arterial, também podem ajudar a prevenir.
  • Antidepressivos: alguns tipos de antidepressivos, como os antidepressivos tricíclicos, podem reduzir a frequência e a intensidade das crises.
  • Anticonvulsivantes: medicamentos originalmente desenvolvidos para tratar a epilepsia também podem ser eficazes na prevenção.

Terapias Complementares:

  • Toxina botulínica: injeções de toxina botulínica (Botox) podem ser úteis para pessoas com enxaqueca crônica.
  • Acupuntura: essa é uma técnica da medicina tradicional chinesa, pode ajudar a aliviar a dor e reduzir a frequência das crises.
  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): a TCC ensina técnicas de gerenciamento do estresse e de enfrentamento da dor, que podem ser benéficas para pessoas com essa condição.

Prevenção: mudanças no estilo de vida para evitar crises

Além do tratamento médico, adotar hábitos saudáveis ​​pode ajudar a reduzir a frequência e a intensidade das crises.

Dicas para prevenir a enxaqueca:

  • Gerenciar o estresse: técnicas de relaxamento, como meditação, ioga ou exercícios de respiração profunda, podem ajudar a controlar o estresse.
  • Dormir bem: manter um horário regular de sono e garantir de sete a oito horas de sono por noite.
  • Alimentação saudável: evitar alimentos processados, ricos em açúcar e gordura, e priorizar uma dieta rica em frutas, legumes e verduras.
  • Hidratação: beber bastante água ao longo do dia.
  • Exercício físico regular: a atividade física libera endorfinas, que têm efeito analgésico e ajudam a reduzir o estresse.
  • Evitar gatilhos: identificar e evitar os gatilhos pessoais que desencadeiam as crises.

A enxaqueca é uma condição complexa que pode afetar significativamente a qualidade de vida. No entanto, com o diagnóstico e o tratamento adequados, é possível controlar os sintomas e reduzir o impacto da enxaqueca. Consultar um médico é essencial para determinar o melhor plano de tratamento, que pode incluir medicamentos, terapias complementares e mudanças no estilo de vida.

Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde; Drauzio Varella Uol; Hospital Albert Einstein; Rede D’or São Luiz; Tua Saúde

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