Uma nova variante do coronavírus, a XEC, identificada pela primeira vez em Berlim, na Alemanha, em junho de 2024, está causando preocupação entre as autoridades de saúde pública. A variante já foi detectada em pelo menos 15 países, incluindo o Brasil, onde casos foram registrados no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
Sintomas semelhantes a outras variantes:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Tosse;
- Dores no corpo;
- Perda de olfato;
- Perda de paladar.
Perda de olfato e paladar:
Embora menos frequentes nas variantes mais recentes, a perda de olfato e paladar, sintomas característicos das primeiras ondas da Covid-19, também foram relatados em pacientes infectados pela variante XEC. Esses sintomas geralmente surgem de quatro a cinco dias após os primeiros sinais da infecção e podem durar de sete a 14 dias.
Transmissibilidade e gravidade:
Dados preliminares sugerem que a XEC pode ser mais transmissível do que outras variantes em circulação. No entanto, ainda não há evidências de que a variante cause quadros mais graves da doença. De acordo com o virologista Fernando Spilki, coordenador da Rede Corona-ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), não há motivo para pânico, pois o surgimento de novas variantes é um processo natural de adaptação do vírus.
Recomendações de prevenção:
Manter a vacinação em dia continua sendo a melhor estratégia para se proteger da Covid-19. As doses de reforço atualizadas são eficazes para prevenir casos graves da doença e reduzir o risco de hospitalizações. Além da vacinação, outras medidas preventivas importantes incluem:
- Vacina: a vacinação contra a Covid-19, incluindo as doses de reforço, é fundamental para proteger contra a doença. A vacinação reduz o risco de infecção, hospitalização e morte, mesmo em caso de infecção por novas variantes, como a XEC.
- Uso de máscaras: o uso de máscaras, especialmente em ambientes fechados ou com aglomerações, ajuda a prevenir a transmissão do vírus, incluindo a variante XEC.
- Higiene das mãos: lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel 70% é crucial para evitar a propagação do vírus. Essa prática simples pode interromper a cadeia de transmissão.
- Distanciamento social: manter uma distância segura de outras pessoas, especialmente aquelas que apresentam sintomas respiratórios, reduz a probabilidade de contágio.
- Ventilação de ambientes: A ventilação adequada de ambientes fechados ajuda a dispersar partículas virais e reduzir o risco de transmissão. Sempre que possível, abrir janelas e portas para permitir a circulação de ar fresco.
- Etiqueta respiratória: ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou um lenço descartável. Essa prática previne a dispersão de gotículas respiratórias que podem conter o vírus.
- Isolamento em caso de sintomas: pessoas que apresentarem sintomas de Covid-19, como febre, tosse, dor de garganta, perda de olfato ou paladar, devem se isolar para evitar a transmissão do vírus. É importante procurar atendimento médico para diagnóstico e tratamento adequados
Monitoramento da variante:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XEC como uma variante sob monitoramento, o que significa que a variante está sendo acompanhada de perto para avaliar seu potencial de impacto na saúde pública. A detecção da XEC no Brasil foi possível graças a uma estratégia de vigilância genômica que ampliou o sequenciamento de amostras do vírus.
Importância da vigilância genômica:
Especialistas alertam para a necessidade de fortalecer a vigilância genômica do SARS-CoV-2 no Brasil para acompanhar a evolução da variante XEC e de outras variantes que possam surgir. O monitoramento constante é fundamental para:
- Avaliar a transmissibilidade e a gravidade da variante;
- Identificar novas mutações que possam afetar a eficácia das vacinas;
- Ajustar as estratégias de saúde pública para conter a propagação do vírus.