Embora o Dezembro Vermelho seja a campanha nacional brasileira de conscientização sobre HIV/Aids, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro, amplia o escopo da conscientização para o cenário global. A data, criada em 1988 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visa alertar a população mundial sobre a pandemia de HIV/Aids, promover a prevenção, o acesso ao tratamento e combater o estigma e a discriminação.
O que é HIV e Aids?
O HIV, sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, é o causador da Aids, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Esse vírus ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo contra doenças. A Aids, por sua vez, caracteriza-se pelo enfraquecimento do sistema imunológico, tornando o corpo vulnerável a infecções oportunistas.
Transmissão do HIV
A transmissão do HIV ocorre principalmente por meio de:
- Relações sexuais desprotegidas (sem camisinha) com pessoa infectada: seja por via vaginal, anal ou oral.
- Compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados: como agulhas, seringas, alicates etc.
- Transmissão vertical (de mãe para filho): durante a gestação, parto ou amamentação.
É importante ressaltar que o HIV não é transmitido por contato casual, como toque, abraço ou beijo no rosto. Espirro, tosse ou picada de mosquito também não transmitem o vírus.
Sintomas do HIV
Os primeiros sintomas do HIV podem surgir de 3 a 6 semanas após a infecção e são semelhantes aos da gripe, como febre, mal-estar, dor de garganta e erupções cutâneas. Muitas vezes, esses sintomas passam despercebidos. Após a fase aguda, o indivíduo pode permanecer assintomático por anos, mesmo com o vírus ativo no organismo.
Tratamento do HIV
Apesar de ainda não haver cura para o HIV, o tratamento com medicamentos antirretrovirais permite que as pessoas com o vírus tenham uma vida longa e com qualidade. Esses medicamentos agem impedindo a multiplicação do vírus no corpo, o que fortalece o sistema imunológico e previne o desenvolvimento de doenças oportunistas. O tratamento é gratuito pelo SUS e requer acompanhamento médico regular e adesão rigorosa à medicação.
Importância do Dezembro Vermelho
A campanha Dezembro Vermelho é fundamental para:
- Conscientizar a população sobre as formas de transmissão do HIV e outras ISTs: promovendo a prevenção por meio do uso de preservativos e da testagem regular.
- Combater o estigma e a discriminação: garantindo que as pessoas com HIV tenham acesso à informação, tratamento e direitos.
- Incentivar o diagnóstico precoce: possibilitando o início do tratamento o mais cedo possível, aumentando as chances de uma vida saudável e diminuindo a transmissão do vírus.
- Informar sobre a PrEP e PEP: a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) são métodos de prevenção ao HIV que devem ser utilizados sob orientação médica.
Prevenção do HIV e outras ISTs
A prevenção do HIV e outras ISTs é crucial para o controle dessas doenças. As principais medidas de prevenção incluem:
- Uso de preservativos (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais).
- Não compartilhar objetos perfurocortantes.
- Testagem regular para HIV e outras ISTs.
- Vacinação contra as hepatites A e B e HPV.
- Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para pessoas com alto risco de infecção.
- Profilaxia Pós-Exposição (PEP) em caso de possível exposição ao vírus.
Sexo seguro: além do preservativo
O conceito de sexo seguro vai além do uso do preservativo. É importante adotar outras práticas preventivas, como:
- Conhecer o histórico de saúde sexual do parceiro.
- Realizar exames preventivos regularmente.
- Ter acesso a informações confiáveis sobre saúde sexual e reprodutiva.
O papel do SUS no combate ao HIV/Aids
- Testagem para HIV e outras ISTs.
- Tratamento completo para HIV/Aids, incluindo medicamentos antirretrovirais.
- Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP).
- Aconselhamento e acompanhamento médico para pessoas com HIV/Aids.
O Dezembro Vermelho é um chamado à ação para a sociedade brasileira. A luta contra o HIV/Aids e outras ISTs exige a participação de todos. Informar-se, adotar práticas preventivas, combater o estigma e a discriminação são passos essenciais para o controle dessas doenças. O acesso à informação, testagem e tratamento são direitos de todos e garantidos pelo SUS.
Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde; Ministério da Saúde; Manual MSD