O Dia Mundial da Pneumonia, celebrado em 12 de novembro, foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009 com o objetivo de conscientizar a população mundial sobre a importância da prevenção e do tratamento dessa doença respiratória. A data serve como um lembrete sobre o impacto da pneumonia, especialmente em crianças menores de 5 anos, que são as principais vítimas da doença.
A pneumonia continua sendo a principal causa de morte em crianças nessa faixa etária, com mais de 2.000 mortes diárias em todo o mundo. A maioria das crianças vulneráveis à pneumonia vive em comunidades rurais e pobres, onde o acesso a cuidados de saúde, diagnósticos e tratamentos de qualidade é limitado. Em 2017, mais de 880.000 crianças morreram em decorrência da pneumonia, evidenciando a necessidade de intensificar os esforços para combater a doença.
A OMS e outras organizações de saúde aproveitam o Dia Mundial da Pneumonia para divulgar informações sobre a doença, seus sintomas, formas de prevenção e tratamento. A data também é utilizada para incentivar governos e instituições a investirem em políticas públicas de saúde que visem à redução da incidência da pneumonia e da mortalidade infantil.
A pneumonia é uma infecção respiratória que afeta os pulmões, causando inflamação nos alvéolos pulmonares, que se enchem de líquido ou pus. Essa condição pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, incluindo bactérias, vírus e fungos. A pneumonia pode variar de leve a grave, dependendo do agente causador, da idade e do estado de saúde geral do indivíduo.
Principais sintomas:
Os sintomas da pneumonia podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:
- Tosse com catarro: a tosse pode ser seca ou produtiva, com expectoração amarelada, esverdeada ou, em casos mais graves, com sangue.
- Febre alta: a febre é um sinal de infecção e pode ser acompanhada de calafrios.
- Falta de ar: a inflamação nos alvéolos dificulta a troca gasosa, causando dificuldade para respirar.
- Dor no peito: a dor pode piorar com a respiração ou tosse.
- Mal-estar geral: sensação de cansaço, fraqueza e dores musculares.
Em crianças, os sintomas podem ser mais sutis, como irritabilidade, perda de apetite e dificuldade para se alimentar.
Tipos de pneumonia:
A pneumonia pode ser classificada de acordo com o agente causador:
- Pneumonia bacteriana: é o tipo mais comum de pneumonia, geralmente causada por bactérias como Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae.
- Pneumonia viral: causada por vírus como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza e adenovírus.
- Pneumonia fúngica: menos comum, afeta principalmente pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
A pneumonia também pode ser classificada de acordo com o local onde a infecção foi adquirida:
- Pneumonia comunitária: adquirida fora do ambiente hospitalar.
- Pneumonia nosocomial: adquirida durante a internação hospitalar, geralmente mais grave.
- Pneumonia aspirativa: causada pela aspiração de substâncias estranhas, como alimentos, líquidos ou vômito, para os pulmões.
Diagnóstico e tratamento da pneumonia:
O diagnóstico da pneumonia é feito com base no histórico clínico, exame físico e exames complementares, como:
- Raio-X de tórax: mostra a imagem dos pulmões, revelando áreas de inflamação.
- Exames de sangue: podem indicar a presença de infecção e ajudar a identificar o agente causador.
- Cultura de escarro: identifica o microrganismo presente na expectoração.
O tratamento da pneumonia varia de acordo com o agente causador e a gravidade da infecção:
- Antibióticos: Usados para tratar pneumonia bacteriana.
- Antivirais: Indicados para alguns casos de pneumonia viral.
- Antifúngicos: Utilizados para tratar pneumonia fúngica.
Além da medicação específica, o tratamento da pneumonia inclui repouso, hidratação e medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos.
Prevenção da pneumonia:
A prevenção da pneumonia é fundamental para evitar complicações e reduzir a mortalidade, especialmente em grupos de risco como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. As principais medidas de prevenção incluem:
- Vacinação: as vacinas contra a gripe e contra o pneumococo são eficazes na prevenção de alguns tipos de pneumonia.
- Higiene das mãos: lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel reduz a propagação de germes.
- Evitar aglomerações: reduz o contato com pessoas doentes, especialmente durante epidemias de gripe.
- Não fumar: o tabagismo prejudica o sistema respiratório, tornando os pulmões mais vulneráveis a infecções.
- Alimentação saudável e exercícios físicos: fortalecem o sistema imunológico, aumentando a resistência a infecções.
Grupos de risco e complicações:
Alguns grupos de pessoas são mais vulneráveis à pneumonia e suas complicações, incluindo:
- Crianças menores de 5 anos: Seu sistema imunológico ainda está em desenvolvimento.
- Idosos: A imunidade diminui com a idade, aumentando o risco de infecções.
- Pessoas com doenças crônicas: Doenças como diabetes, doenças cardíacas e doenças pulmonares crônicas enfraquecem o sistema imunológico.
- Pessoas com sistema imunológico comprometido: Pacientes com HIV/AIDS, câncer e transplantados têm maior suscetibilidade a infecções.
A pneumonia pode levar a complicações graves, como:
- Insuficiência respiratória: dificuldade grave para respirar, que pode exigir ventilação mecânica.
- Sepse: infecção generalizada, que pode ser fatal.
- Derrame pleural: acúmulo de líquido entre as membranas que revestem os pulmões.
- Abscesso pulmonar: acúmulo de pus nos pulmões.