Doenças cardiovasculares: prevenção é a melhor arma contra a principal causa de morte no mundo

80% dos óbitos por doenças cardiovasculares podem ser evitados com mudanças de hábitos e medidas preventivas

As doenças cardiovasculares, muitas vezes, chegam devagar e de forma silenciosa. Mas as consequências podem ser graves e inesperadas. Elas são a principal causa de morte em todo o mundo. No Brasil, existem 14 milhões de pessoas acometidas por doenças cardíacas, responsáveis por mais de 30% das mortes no país, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Quais são as doenças cardiovasculares?

Diversas patologias fazem parte do grupo de doenças cardiovasculares, que podem ser divididas de duas formas:

  • Que apresentam sintomas como dor no peito, alterações no ritmo cardíaco, dificuldade em respirar, desmaio ou inchaço nas pernas. Elas chamam a atenção para a necessidade mais urgente de atendimento médico.
  • Assintomáticas, que evoluem sem que a pessoa perceba qualquer alteração no funcionamento do corpo. Essas são detectadas apenas em exames clínicos — por isso, é fundamental fazer exames de check-up regularmente.

Veja algumas das doenças cardiovasculares:

  • acidente vascular cerebral (AVC)
  • acromegalia
  • amiloidose
  • aneurisma da aorta
  • angina
  • arritmias cardíacas
  • aterosclerose
  • cardiomiopatia
  • cardiopatia congênita
  • cardiopatia hipertensiva
  • cardite
  • doença arterial coronariana
  • doença arterial periférica
  • doença cardíaca reumática
  • doenças nas válvulas cardíacas
  • endocardite
  • fibrilação atrial
  • infarto agudo do miocárdio (IAM)
  • insuficiência cardíaca
  • miocardiopatia
  • miocardite
  • sopro
  • trombose venosa
  • tumores no coração
  • valvulopatias

Fatores de risco

Os principais riscos cardiovasculares são o colesterol alto, o diabetes e a hipertensão, além do excesso de peso, sedentarismo, estresse, falta de sono adequado. Cinco em cada dez brasileiros possuem algum fator de risco. Para alguns deles, não é possível alterar, como idade, sexo, história de doença cardíaca na família. Mas existem outros que você pode mudar: fumo, alimentação inadequada, obesidade, falta de exercícios físicos, colesterol alterado, pressão alta e estresse.

Prevenção

A boa notícia é que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das mortes por doenças cardiovasculares poderiam ser evitadas com mudanças de hábitos e medidas preventivas. Por isso, é fundamental seguir e escutar o coração para a sua saúde. Veja algumas dicas do que fazer para evitar as doenças cardiovasculares:

Coma bem

Ter uma alimentação saudável diariamente diminui em 30% as chances de infarto. Cada alimento tem uma função importante no organismo. Não existe alimento completo, e, por isso, é fundamental comer diariamente uma variedade de alimentos e em quantidades adequadas. Mantenha uma alimentação composta verduras, frutas, cereais, legumes e proteínas magras, além do consumo diário de no mínimo 2 litros de água. Evite produtos industrializados e fast foods, que são ricos em sódio, açúcares e gorduras saturadas. O consumo de sódio, presente no sal de cozinha, não deve exceder 2 g por dia (o equivalente a uma colher de chá).

Mexa o corpo

Praticar exercícios físicos regularmente reduz em 14% os riscos de um infarto. Escolha uma atividade que dê prazer para praticar de forma moderada: 150 minutos por semana (pelo menos 30 minutos, realizados em 5 dias por semana). Um exercício físico moderado é aquele que produz suor, mas que, enquanto é realizado, a pessoa consegue conversar e dizer frases curtas.

Controle o peso

Obesidade e sobrepeso contribuem para o desencadeamento de diversas doenças cardiovasculares, como hipertensão e colesterol alto. Se você for mulher, com circunferência abdominal acima de 88 cm ou homem com mais de 102 cm, fique atento. Valores acima desses podem indicar obesidade abdominal, que é mais perigosa como fator de risco do que a obesidade corporal total.

Passe longe do cigarro 

Fumar aumenta em 30% o risco de ter um ataque cardíaco, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Além de câncer de pulmão e outros tipos, o tabagismo contribui para o estreitamento das artérias e para a elevação da pressão arterial. A nicotina e o monóxido de carbono do cigarro ainda prejudicam o sistema cardiovascular.

Reduza o estresse

O estresse aumenta em 60% o risco de infarto e se associa a outros fatores, que podem provocar excesso de atividade do sistema nervoso, levando ao aumento da pressão arterial, níveis elevados de colesterol e até mesmo o consumo maior de gorduras e açúcares. Chega a ser difícil fugir de situações de estresse, por menores que elas sejam. Mas é importante saber que esse quadro provoca uma série de alterações no organismo e precisa ser controlado. A dica é praticar atividade física regularmente, fazer exercícios de respiração, investir em momentos de descanso e dormir, no mínimo, 7 horas diárias.

Fontes: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde (MS); Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo.

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