Gordura visceral é um perigo silencioso e pode ser associado ao alzheimer, revela estudo

A gordura visceral é um perigo silencioso. Saiba quais alimentos evitar para reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes e até Alzheimer

A gordura visceral, aquela que se acumula ao redor dos órgãos internos, é muito mais do que uma questão estética. Ela representa um risco grave à saúde, estando associada a uma série de doenças, incluindo diabetes, problemas cardíacos e até mesmo Alzheimer. Entenda os perigos da gordura visceral, como identificá-la e as medidas para combatê-la.

Os riscos da gordura visceral para a saúde

A gordura visceral é considerada mais perigosa do que a gordura subcutânea, que se acumula logo abaixo da pele. Isso ocorre porque ela libera substâncias inflamatórias que afetam diretamente os órgãos vitais. A presença de grandes quantidades de gordura visceral pode desencadear:

  • Doenças cardiovasculares: a gordura visceral aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, como infarto, aterosclerose e AVC.
  • Diabetes tipo 2: a gordura visceral contribui para a resistência à insulina, dificultando o controle do açúcar no sangue e aumentando o risco de diabetes.
  • Problemas hepáticos: o acúmulo de gordura no fígado pode levar à esteatose hepática (gordura no fígado) e, em casos mais graves, à cirrose.
  • Câncer: estudos indicam uma associação entre a gordura visceral e o aumento do risco de certos tipos de câncer, como o de mama e colorretal.
  • Doença de Alzheimer: pesquisas recentes revelam que a gordura visceral pode estar relacionada ao desenvolvimento do Alzheimer.
  • Pressão alta: a gordura visceral contribui para o aumento da pressão arterial, elevando o risco de problemas cardíacos e AVC.
  • Resistência à insulina: a gordura visceral dificulta a ação da insulina, hormônio responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue.
  • Má qualidade do sono: o excesso de gordura visceral está associado a distúrbios do sono, como a apneia.
  • Aumento do cortisol: a gordura visceral estimula a produção de cortisol, hormônio do estresse, o que pode levar ao aumento de peso e da circunferência abdominal.

Identificando a gordura visceral: medidas e sinais de alerta

A gordura visceral, por estar localizada na região abdominal, é mais difícil de ser identificada visualmente do que a gordura subcutânea. Existem, porém, exames e medidas que podem ajudar a avaliar a quantidade de gordura visceral e os riscos à saúde:

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Para diminuir a gordura abdominal, a alimentação desempenha um papel fundamental (Foto: Freepik)
  • Tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom: esses exames de imagem são os mais precisos para medir a quantidade de gordura visceral.
  • Circunferência da cintura: medir a cintura na altura do umbigo é um método simples para estimar o risco. Para mulheres, a circunferência acima de 80 cm e, para homens, acima de 94 cm, indicam risco aumentado.
  • IMC (Índice de Massa Corporal): o IMC acima de 30, classificado como obesidade, pode indicar aumento da gordura.
  • Razão cintura-estatura: dividir o valor da circunferência da cintura pela altura. Valores acima de 0,5 indicam risco aumentado.
  • Relação cintura-quadril: dividir o valor da circunferência da cintura pela circunferência do quadril.
  • Bioimpedância: exame que avalia a composição corporal, incluindo a quantidade de gordura visceral.

Causas do acúmulo de gordura visceral

O estilo de vida moderno contribui significativamente para o aumento da gordura visceral. Entre os principais fatores, destacam-se:

  • Alimentação inadequada: o consumo excessivo de alimentos processados, ricos em açúcares, gorduras trans e carboidratos refinados, como pão branco, massas e arroz branco, promove o acúmulo de gordura visceral.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física diminui o gasto calórico e favorece o acúmulo de gordura, inclusive a visceral.
  • Estresse: o estresse crônico eleva os níveis de cortisol, hormônio que contribui para o aumento da gordura visceral.
  • Consumo excessivo de álcool: as bebidas alcoólicas são ricas em calorias vazias, que se convertem em gordura visceral.

Mudança de hábitos para uma vida mais saudável

A boa notícia é que a gordura visceral pode ser combatida com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis. As principais medidas incluem:

  • Alimentação equilibrada: priorizar alimentos in natura, como frutas, verduras, legumes e proteínas magras. Reduzir o consumo de alimentos processados, açucarados e ricos em gorduras.
  • Exercícios físicos regulares: a prática regular de exercícios físicos, especialmente os aeróbicos, como corrida, natação e ciclismo, é fundamental para queimar calorias e reduzir a gordura visceral. O treinamento de força também é importante para aumentar a massa muscular, o que acelera o metabolismo e auxilia na perda de gordura.
  • Controle do estresse: técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, podem ajudar a controlar o estresse e reduzir os níveis de cortisol.
  • Sono de qualidade: dormir pelo menos 7 horas por noite contribui para o equilíbrio hormonal e previne o acúmulo de gordura visceral.
  • Acompanhamento profissional: consultar um nutricionista para receber orientação individualizada sobre a dieta e um profissional de educação física para elaborar um plano de exercícios adequado às suas necessidades.

É importante lembrar que a lipoaspiração, embora remova a gordura subcutânea, não elimina a gordura visceral. A mudança de hábitos é fundamental para combater esse perigo silencioso e garantir uma vida mais longa e saudável.

Fontes: CNN Brasil; Grupo Rede D’or; Metrópoles

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