Jejum intermitente ajuda a emagrecer mas pode fazer o seu cabelo cair, revela estudo

Jejum intermitente emagrece, mas cuidado! Estudo revela que a prática pode causar queda de cabelo. Entenda os riscos e benefícios antes de aderir

O jejum intermitente tem ganhado popularidade como método para emagrecer, mas é crucial estar ciente dos seus potenciais efeitos colaterais. Embora estudos em camundongos demonstrem benefícios, as pesquisas em humanos ainda são limitadas, especialmente em mulheres.

Este artigo explora 10 efeitos colaterais do jejum intermitente, com base em especialistas e pesquisas científicas, para que você possa tomar uma decisão informada sobre a sua saúde.

Efeitos colaterais iniciais: Adaptando-se ao jejum

Nos primeiros dias ou semanas, o corpo passa por um período de adaptação ao novo padrão alimentar. As reações variam de acordo com o organismo, e alguns efeitos colaterais podem surgir:

1. Fome intensa: É normal sentir mais fome durante o período de jejum, principalmente no início. Ajustar a dieta durante o período de alimentação, com foco em proteínas e nutrientes, pode ajudar a minimizar a fome.

2. Cansaço excessivo: A falta de energia e a sensação de “desligamento” podem indicar a necessidade de reavaliar o tipo de alimento consumido durante as janelas de alimentação. É fundamental consumir alimentos nutritivos e que forneçam energia suficiente para o dia.

3. Hipoglicemia: Náuseas, dores de cabeça e tonturas podem ser sinais de hipoglicemia, ou seja, queda brusca do açúcar no sangue. Começar o dia com o estômago vazio pode intensificar esses sintomas.

4. Constipação: A falta de ingestão de líquidos e fibras durante o jejum pode levar à constipação. Manter-se hidratado e consumir alimentos ricos em fibras durante o período de alimentação é crucial para o bom funcionamento intestinal.

Efeitos colaterais a longo prazo: Impactos além do peso

Com o tempo, o jejum intermitente pode causar efeitos colaterais que vão além do desconforto inicial, impactando a saúde física e mental:

jejum intermitente
O jejum intermitente tem se popularizado como uma alternativa para quem busca emagrecer e controlar a diabetes tipo 2 (Foto: Freepik)

1. Obsessão por comida: A restrição alimentar pode gerar uma relação conflituosa com a comida, levando à ortorexia, um transtorno alimentar caracterizado pela obsessão por alimentos “saudáveis”. É importante cultivar uma relação equilibrada com a comida.

2. Queda de cabelo: A falta de nutrientes essenciais, como proteínas e vitaminas do complexo B, pode resultar em queda de cabelo. O jejum intermitente, se não bem planejado, pode dificultar a ingestão adequada de nutrientes.

3. Mudanças no ciclo menstrual: A perda de peso repentina e a ingestão insuficiente de calorias podem afetar o ciclo menstrual, levando à amenorreia, ou seja, ausência de menstruação. É fundamental buscar acompanhamento médico para avaliar a causa da irregularidade menstrual.

4. Dieta desequilibrada: A janela de alimentação reduzida pode levar a escolhas alimentares inadequadas, com consumo excessivo de calorias em um curto período de tempo. O acompanhamento nutricional é essencial para garantir uma dieta balanceada.

5. Distúrbios de sono: Embora alguns indivíduos relatem melhora no sono, pesquisas indicam que o jejum intermitente pode reduzir o sono REM, fase crucial para a memória, cognição e concentração.

6. Alterações no humor: As restrições do jejum podem afetar o humor, levando a sentimentos de desânimo, ansiedade e irritabilidade. É importante observar as mudanças no humor e buscar ajuda profissional se necessário.

Jejum intermitente e queda de cabelo: Uma relação comprovada

Um estudo publicado na revista científica Cell, em dezembro de 2024, revelou que o jejum intermitente, apesar de promover a perda de peso, pode levar à queda de cabelo devido a uma resposta de estresse que afeta as células-tronco do folículo capilar.

A pesquisa, realizada em camundongos, demonstrou que o jejum desencadeia a comunicação entre as glândulas suprarrenais e as células de gordura da pele. Essa interação libera ácidos graxos que prejudicam o metabolismo das células-tronco capilares, levando à sua morte.

Em humanos, um estudo com 49 participantes, divididos em grupos de jejum intermitente e alimentação sem restrição, comprovou que o crescimento do cabelo foi 18% mais lento no grupo que praticava o jejum. Os pesquisadores acreditam que o mecanismo por trás dessa queda de cabelo em humanos seja semelhante ao observado em camundongos.

O jejum intermitente, como qualquer mudança na dieta, deve ser realizado com cautela e acompanhamento profissional. É essencial consultar um médico e um nutricionista para avaliar se o método é adequado para suas necessidades e para receber orientação individualizada.

A individualidade biológica é um fator determinante para os resultados e efeitos colaterais do jejum intermitente. O que funciona para uma pessoa pode não ser a melhor opção para outra.

Se você optar por experimentar o jejum intermitente, fique atento aos sinais do seu corpo e não hesite em buscar ajuda médica se sentir algum dos efeitos colaterais mencionados.

Priorize sua saúde e bem-estar, buscando sempre o equilíbrio entre a busca por emagrecimento e a manutenção de hábitos saudáveis a longo prazo.

Últimos posts

CATEGORIAS

INSTAGRAM