Pré-Menopausa: um terço das mulheres sofrem por enxaqueca (estudo revela motivo)

Um novo estudo da Georgetown University Medical Center, em colaboração com a Pfizer, Inc., revelou que um terço das mulheres sofre de enxaqueca menstrual, especialmente durante a fase pré-menopausa. A pesquisa, apresentada na Reunião Anual de 2024 da Academia Americana de Neurologia em Denver, analisou dados de um levantamento nacional de saúde com a participação de quase 20 milhões de mulheres. Os resultados indicam que 11,8 milhões delas, ou 52,5%, reportaram sofrer de enxaqueca durante o período menstrual, sendo a maioria na fase pré-menopausa.

A enxaqueca menstrual, um tipo específico de enxaqueca que ocorre dois dias antes ou até três dias após o início da menstruação, caracteriza-se por sintomas como dor latejante intensa, geralmente em um lado da cabeça, náuseas, vômitos e sensibilidade extrema à luz e ao som. O estudo ressalta a importância de um diagnóstico preciso e de um tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida das mulheres que sofrem com essa condição.

Um dos principais desafios no tratamento da enxaqueca menstrual é a subutilização de medicamentos preventivos. A pesquisa revelou que apenas 21,1% das mulheres utilizavam medicamentos ou terapias preventivas para enxaqueca. A Dra. Jessica Ailani, autora do estudo e professora de neurologia clínica na Georgetown University School of Medicine, destaca que “o tratamento preventivo é um compromisso de longo prazo, tanto da mulher quanto do seu médico, para melhorar o curso da doença. A enxaqueca é uma doença cerebral sem cura, e o objetivo da terapia preventiva é reduzir o impacto da doença e melhorar a qualidade de vida”.

A pesquisa também examinou os tratamentos utilizados pelas mulheres para controlar os sintomas da enxaqueca durante o período menstrual. Os resultados mostraram que 42,4% utilizavam medicamentos de venda livre, enquanto 48,6% utilizavam medicamentos prescritos. Dentre as mulheres que utilizavam tratamentos para sintomas agudos, os triptanos, medicamentos que atuam nos nervos hiperativos associados à enxaqueca, foram os mais comuns.

A Dra. Ailani enfatiza a importância do diálogo entre pacientes e profissionais de saúde. “Se você tem enxaquecas relacionadas ao seu ciclo menstrual, converse com seu ginecologista ou neurologista. Existem tratamentos que podem ajudar, e se o primeiro tratamento tentado não funcionar, não desista”, aconselha.

O estudo da Georgetown University Medical Center lança luz sobre a prevalência da enxaqueca menstrual, especialmente em mulheres na fase pré-menopausa. A pesquisa destaca a necessidade de conscientização sobre a doença, diagnóstico precoce, tratamento adequado e adesão à terapia preventiva para reduzir o impacto da enxaqueca na qualidade de vida das mulheres.

Fonte: Science Daily 

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