A gastroenterite, popularmente conhecida como “virose”, é uma inflamação do sistema digestivo que afeta milhões de pessoas anualmente, causando grande desconforto e, em casos graves, pode levar à desidratação. Neste guia completo, vamos explorar os sintomas, causas, tipos e os tratamentos mais eficazes para que você possa se cuidar e proteger sua família dessa doença.
O que é Gastroenterite?
Essa é uma inflamação que acomete o revestimento do estômago e intestino, causando sintomas como diarreia, vômitos, dores abdominais, febre e mal-estar. Ela é altamente contagiosa, podendo ser transmitida por contato com pessoas infectadas, alimentos ou água contaminados.
Em crianças e idosos, a gastroenterite exige atenção redobrada, pois a desidratação pode ocorrer de forma mais rápida e grave.
Sintomas da Gastroenterite: como reconhecer a doença
Os sintomas variam de acordo com a causa e gravidade da infecção, mas os mais comuns são:
- Diarreia: caracterizada por fezes líquidas e frequentes, podendo conter sangue ou muco.
- Vômitos: a sensação de náusea e os vômitos podem ser intensos, levando à perda de líquidos e nutrientes.
- Dores abdominais: cólicas e desconforto na região abdominal são comuns, variando de intensidade.
- Febre: a temperatura corporal pode se elevar, geralmente permanecendo baixa.
- Mal-estar: sensação de fraqueza, cansaço e indisposição acompanham o quadro.
- Perda de apetite: a falta de apetite é frequente, especialmente em casos mais graves.
É importante observar que a intensidade e duração dos sintomas variam de pessoa para pessoa.
Causas da Gastroenterite: vírus, bactérias e outros agentes
Pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, sendo os vírus, bactérias e parasitas os mais comuns.
1. Viral:
- Rotavírus: principal causa de gastroenterite em crianças, altamente contagioso e pode levar à desidratação grave.
- Norovírus: afeta pessoas de todas as idades, transmitido principalmente por contato com pessoas infectadas ou superfícies contaminadas.
- Adenovírus: com sintomas mais brandes, acomete principalmente crianças.
2. Bacteriana:
- Salmonella: bactéria presente em alimentos contaminados, causa diarreia, febre e dores abdominais.
- Escherichia coli: algumas cepas dessa bactéria, presente no intestino humano, podem causar gastroenterite.
3. Parasitária:
- Giardia Lamblia: parasita encontrado em água e alimentos contaminados, causa diarreia persistente e cólicas.
A ingestão de alimentos ou água contaminados é a principal via de transmissão da gastroenterite, tornando a higiene um fator crucial na prevenção da doença.
Tipos de Gastroenterite: conhecendo as diferentes manifestações
A gastroenterite pode se manifestar de diferentes formas, dependendo do agente causador e da resposta do organismo.
1. Viral: a mais comum, geralmente causada por rotavírus, norovírus ou adenovírus. Os sintomas tendem a ser mais leves e duram de 3 a 5 dias, podendo se estender até 10 dias em alguns casos.
2. Bacteriana: causada por bactérias como Salmonella, Shigella, Campylobacter e Escherichia coli. Os sintomas podem ser mais intensos, com diarreia, febre alta e vômitos, durando de 5 a 7 dias.
3. Parasitária: ocorre pela infecção por parasitas como Giardia Lamblia, Entamoeba histolytica e Cryptosporidium. A diarreia é o principal sintoma, podendo ser persistente e causar desnutrição.
4. Não Infecciosa: causada por fatores como medicamentos, doenças inflamatórias intestinais ou toxinas presentes em alimentos. Os sintomas variam de acordo com a causa.
Diagnóstico da Gastroenterite: exames e avaliação médica
O diagnóstico da gastroenterite é realizado pelo médico com base no histórico do paciente, sintomas apresentados e exame físico. Em alguns casos, exames laboratoriais, como exame de fezes, urina e sangue, podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico e identificar o agente causador.
Tratamento da Gastroenterite: reposição de líquidos e cuidados essenciais
O tratamento da gastroenterite visa aliviar os sintomas, prevenir a desidratação e combater a infecção, se necessário.
1. Repouso: essencial para a recuperação do organismo.
2. Hidratação: a reposição de líquidos perdidos pela diarreia e vômitos é fundamental para evitar a desidratação. É recomendado o consumo frequente de água, soro caseiro, água de coco e bebidas isotônicas.
3. Dieta leve: alimentos de fácil digestão, como arroz, bananas, torradas e frango cozido, são indicados para evitar irritar o sistema digestivo.
4. Medicamentos: em alguns casos, o médico pode prescrever:
- Antieméticos: para aliviar náuseas e vômitos.
- Antibióticos: no caso de gastroenterite bacteriana.
- Probióticos: para restaurar a flora intestinal.
Em casos graves, com desidratação intensa, a internação hospitalar para administração de soro intravenoso pode ser necessária.
Prevenção da Gastroenterite: hábitos de higiene para se proteger
A prevenção da gastroenterite se baseia em medidas simples, mas eficazes, para evitar a contaminação:
- Lavar as mãos com frequência: antes de preparar alimentos, após usar o banheiro, trocar fraldas e ao chegar da rua.
- Higienizar alimentos: lavar bem frutas, verduras e legumes antes do consumo.
- Cozinhar bem os alimentos: assegurar que carnes, aves e frutos do mar sejam cozidos a temperatura adequada para eliminar bactérias.
- Beber água tratada: filtrar ou ferver a água antes de consumir.
- Evitar contato com pessoas doentes: se possível, evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de gastroenterite.
- Vacinação: a vacina contra o rotavírus é recomendada para crianças, protegendo contra a forma grave da doença.
Gastroenterite: uma doença comum, mas que exige atenção
A gastroenterite é uma doença comum, mas que pode ter consequências graves, especialmente em crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico debilitado. A adoção de medidas preventivas, como a higiene adequada, e a busca por atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas são essenciais para evitar complicações e garantir uma recuperação rápida e eficaz.
Lembre-se, este guia oferece informações gerais sobre a gastroenterite. Em caso de dúvidas ou sintomas persistentes, procure um médico para avaliação e tratamento individualizado.
Fontes: Grupo Rede D’or; Laboratório Delboni; Rede D’or São Luiz
