O estado de São Paulo emitiu um alerta epidemiológico após a confirmação de dois casos de sarampo na capital paulista. Os casos, importados da Europa, acendem um sinal de alerta para a população, especialmente em um momento em que o Brasil se aproxima da retomada do status de livre da doença. A Secretaria de Estado da Saúde reforça a necessidade de vacinação para evitar a disseminação do vírus e proteger a saúde pública.
Os dois pacientes, um homem de 37 anos e uma mulher de 35 anos, residem no distrito da Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. Ambos viajaram recentemente para a Europa e, ao retornarem, apresentaram os sintomas da doença. Felizmente, passam bem e não necessitaram de internação. As autoridades de saúde também confirmaram que não há casos secundários relacionados a estes dois casos importados.
Diante da situação, a Secretaria Municipal da Saúde intensificou a vacinação contra o sarampo na região de Santo Amaro. Ações de imunização preventiva foram realizadas nos quatro quarteirões da residência do casal e em outros locais frequentados por eles na última semana.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, transmitida por meio de gotículas respiratórias. Quando uma pessoa infectada tosse, fala, espirra ou até mesmo respira, essas gotículas, que contêm o vírus do sarampo, podem ser inaladas por outras pessoas. A proximidade com a pessoa doente aumenta o risco de contágio.
O vírus também pode se espalhar através do contato direto com secreções nasais ou da boca de uma pessoa infectada.
A alta transmissibilidade do sarampo o torna uma ameaça, especialmente em locais com baixas taxas de vacinação. Pessoas não imunizadas, incluindo bebês muito jovens para serem vacinados, correm maior risco de contrair a doença.
É fundamental estar atento aos sintomas do sarampo, que geralmente surgem entre 8 e 12 dias após o contato com o vírus. A febre alta, as manchas vermelhas no corpo, a tosse seca, a conjuntivite e a coriza são sinais característicos da doença. Ao detectar esses sintomas, principalmente após viagens internacionais, é crucial buscar atendimento médico e evitar o contato com outras pessoas para prevenir a propagação do vírus.
Os sintomas do sarampo geralmente aparecem entre 8 e 12 dias após o contato com o vírus.
Os principais sintomas são:
- Febre alta (acima de 38,5°C)
- Manchas vermelhas no corpo (exantema)
- Tosse seca
- Irritação nos olhos (conjuntivite)
- Coriza (nariz escorrendo ou entupido)
É fundamental estar atento aos sintomas, principalmente para viajantes que retornam do exterior. Caso apresentem febre e vermelhidão na pele, é crucial evitar contato com outras pessoas e procurar atendimento médico imediatamente.
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir o sarampo. O Ministério da Saúde recomenda a vacina tríplice viral para todas as pessoas entre 12 meses e 59 anos de idade. O esquema vacinal consiste em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos.
A vacina tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A cobertura vacinal da primeira dose aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023, um avanço importante na luta contra a doença.
O último caso de sarampo autóctone (transmitido dentro do país) foi registrado há dois anos no Amapá. O Brasil está próximo de recuperar o status de livre da doença, o que reforça a importância de manter altas taxas de vacinação para evitar novos surtos.
As autoridades de saúde alertam que adolescentes e adultos que não foram vacinados ou que não completaram o esquema vacinal devem procurar um posto de saúde o mais rápido possível. A vacinação é fundamental para garantir a proteção individual e coletiva contra o sarampo.
Além da vacinação, algumas medidas preventivas podem ajudar a evitar a propagação do vírus:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel.
- Cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Manter os ambientes bem ventilados.
É importante ressaltar que o sarampo pode ser uma doença grave, especialmente para crianças desnutridas, mães em período de amamentação e adultos. As complicações podem incluir infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e neurológicas. Em alguns casos, a doença pode ser fatal.
A detecção de casos de sarampo em São Paulo reforça a importância da conscientização sobre a doença e a necessidade de manter a vacinação em dia. A prevenção é a melhor forma de proteger a saúde da população e evitar o retorno do sarampo como um problema de saúde pública no Brasil.