Refrigerantes, carnes processadas e outros alimentos ultraprocessados, tão presentes na dieta moderna, podem ser responsáveis por um risco aumentado de morte prematura, alertam estudos recentes. O consumo excessivo desses alimentos está ligado a doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras condições crônicas, impactando negativamente a expectativa de vida.
Uma pesquisa abrangente, que acompanhou mais de 500 mil pessoas por cerca de 30 anos, revelou a conexão direta entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco de morte prematura. O estudo, que ajustou dados para fatores como idade, sexo e histórico familiar, constatou um aumento significativo no risco de morte entre os participantes que consumiam grandes quantidades desses alimentos.
Os resultados do estudo indicam um aumento de até 10% no risco de morte prematura entre os indivíduos que consomem alimentos ultraprocessados em excesso. O risco foi ainda maior entre homens (15%) e mulheres (14%) após ajustes nos dados.
Refrigerantes e carnes processadas: os maiores vilões da dieta moderna
Bebidas açucaradas, como refrigerantes, e carnes processadas, como bacon, presunto e salsichas, foram identificados como os alimentos ultraprocessados mais prejudiciais à saúde. O estudo destaca que esses produtos são os principais contribuintes para o consumo total de alimentos ultraprocessados na dieta moderna.
Refrigerantes, mesmo as versões diet, apresentam um alto risco para a saúde, estando associados a doenças cardíacas, diabetes, obesidade e até demência. Apesar de frequentemente comercializadas como alternativas mais saudáveis, as bebidas dietéticas ainda contêm adoçantes artificiais e aditivos que não são encontrados em alimentos integrais.
Ingredientes artificiais: o segredo da durabilidade e o perigo para a saúde
Alimentos ultraprocessados contêm uma série de ingredientes artificiais, como conservantes, adoçantes, emulsificantes e corantes, que aumentam sua durabilidade e apelo visual, mas prejudicam a saúde. Esses aditivos químicos, raramente utilizados em preparações caseiras, estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas e ao aumento da mortalidade precoce.
Alerta para o consumo crescente de alimentos ultraprocessados
Especialistas alertam para a crescente presença de alimentos ultraprocessados na dieta da população, com estimativas de que até 60% das calorias diárias consumidas por americanos provenham desses produtos. Essa tendência preocupante aumenta os riscos à saúde pública, demandando ações para conscientizar a população sobre os perigos do consumo excessivo desses alimentos.
Um estudo anterior revelou que o consumo de lanches salgados e sobremesas à base de laticínios praticamente dobrou desde a década de 1990, evidenciando a necessidade de medidas para reverter essa tendência.
Ultraprocessados: alimentos a serem evitados
A lista de alimentos ultraprocessados a serem evitados é extensa, incluindo:
- Carnes processadas: salsicha, bacon, hambúrgueres, presunto, etc.
- Barras de cereal e cereais matinais açucarados
- Refeições prontas: lasanha congelada, pizza industrializada, etc.
- Sopas instantâneas
- Sorvete
- Chocolate
- Pão branco industrializado
- Shakes para substituir refeições
- Bebidas açucaradas: refrigerantes, sucos de caixa, etc.
- Bolos industrializados
Recomendações para uma dieta mais saudável
Para reduzir os riscos à saúde, a principal recomendação é diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados e priorizar alimentos integrais e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas frescas. Essa mudança de hábito alimentar pode contribuir para uma vida mais longa e saudável.
Em situações onde o consumo de ultraprocessados for inevitável, é fundamental verificar os rótulos, optando por produtos com menor teor de sódio, açúcares e gorduras adicionadas. A leitura atenta dos rótulos permite fazer escolhas mais conscientes, minimizando os impactos negativos desses alimentos na saúde.
A importância da conscientização para uma alimentação saudável
A conscientização sobre os malefícios dos alimentos ultraprocessados é crucial para reverter a tendência de consumo excessivo e promover uma alimentação mais saudável. É preciso informar a população sobre os riscos à saúde, incentivar o consumo de alimentos in natura e minimamente processados e estimular a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis.
A mudança para uma dieta mais equilibrada, rica em alimentos nutritivos e com menor presença de ultraprocessados, é um passo fundamental para uma vida mais longa, saudável e com mais qualidade.
Fontes: Catraca-Livre; Veja Saúde