A vitamina D, na verdade um hormônio produzido pelo organismo, desempenha papel crucial na saúde óssea, no sistema imunológico, no sistema nervoso e cerebral, no metabolismo e em outras funções vitais. Sua principal função é regular a concentração de cálcio e fósforo, elementos essenciais para a formação e manutenção dos ossos, dando suporte aos órgãos e músculos.
Essa deficiência é um problema global, afetando mais de 1 bilhão de pessoas, segundo o American Journal of Clinical Nutrition. Diversos fatores contribuem para essa deficiência, com destaque para a falta de exposição solar, principal fonte de produção dessa vitamina pelo corpo.
Sintomas da falta de vitamina D
Os sintomas da falta dessa vitamina podem ser diversos e, em muitos casos, passam despercebidos. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Fraqueza muscular e dor nos ossos: compromete a regulação de cálcio e fósforo, impactando diretamente na saúde óssea.
- Fadiga e falta de ar: a dificuldade na absorção de cálcio pode resultar em fraqueza muscular, gerando cansaço excessivo mesmo em atividades corriqueiras.
- Maior suscetibilidade a infecções: fortalece o sistema imunológico, e sua deficiência aumenta a propensão a gripes, resfriados e outras infecções.
- Depressão e alterações de humor: atua na regulação do sistema nervoso, e sua carência pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos mentais como a depressão.
- Problemas de sono: pode afetar a produção de melatonina, hormônio que regula o ciclo do sono, resultando em dificuldades para dormir e sensação de cansaço constante.
- Dificuldade em ganhar massa muscular: impacta negativamente o ganho de massa muscular, contribuindo para a fraqueza e a fadiga.
- Queda de cabelo, cicatrização lenta e outros sintomas: pode se manifestar através de diversos outros sintomas, como queda de cabelo, demora na cicatrização de feridas, alterações de humor, entre outros.
É fundamental estar atento aos sinais do corpo e procurar um médico, como clínico geral ou endocrinologista, ao perceber esses sintomas.
Fatores de risco para a deficiência de vitamina D
A falta de exposição solar é a principal causa desse problema, mas outros fatores também podem contribuir para essa deficiência de vitamina. Entre eles:
- Hábitos de vida: passar muito tempo em ambientes fechados, utilizar roupas que cobrem a maior parte do corpo e ter uma rotina com pouca exposição à luz solar aumentam o risco de deficiência.
- Idade: a produção de vitamina D pelo corpo diminui com o envelhecimento, tornando os idosos mais propensos à deficiência.
- Alimentação inadequada: a ingestão insuficiente de alimentos como peixes gordurosos, ovos, cogumelos e leite fortificado, pode levar à deficiência.
- Problemas de absorção: doenças inflamatórias intestinais, doença celíaca e cirurgias bariátricas podem comprometer a absorção de nutrientes.
- Doenças renais: os rins convertem a vitamina D em sua forma ativa, e doenças renais podem prejudicar esse processo, levando à deficiência.
- Obesidade: essa vitamina é armazenada no tecido adiposo, e pessoas obesas podem ter menor disponibilidade da vitamina no organismo.
- Uso de medicamentos: alguns medicamentos, como anticonvulsivantes e corticosteroides, podem interferir na absorção e no metabolismo da vitamina D.
Complicações causadas pela falta do hormônio:
A falta de vitamina D pode acarretar diversas complicações e afetar a qualidade de vida, podendo levar a doenças graves a médio e longo prazo. Entre os principais riscos, destacam-se:
- Osteoporose: contribui para a perda de massa óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. A osteoporose é responsável por milhões de fraturas em todo o mundo e aumenta consideravelmente o risco de quedas, principalmente em idosos.
- Fragilidade imunológica: o sistema imunológico enfraquecido pela falta de vitamina D aumenta a vulnerabilidade a infecções, tornando o organismo mais suscetível a doenças.
- Problemas de sono e suas consequências: pode levar à dificuldade em dormir, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outros problemas de saúde.
- Doenças cardiovasculares: estudos indicam que a falta de vitamina D pode estar relacionada a um maior risco de doenças cardíacas.
- Doenças autoimunes: desempenha um papel na regulação do sistema imunológico, e sua deficiência pode aumentar o risco de desenvolver doenças autoimunes.
Diagnóstico e tratamento da deficiência de vitamina D
O diagnóstico da deficiência desse hormônio é feito através de um exame de sangue que mede os níveis de 25-hidroxi-vitamina D, a forma circulante da vitamina no sangue. A interpretação do resultado deve ser feita por um profissional de saúde, que avaliará o histórico médico e os sintomas do paciente.
O tratamento para a falta de vitamina D geralmente envolve:
- Exposição solar: recomenda-se a exposição moderada ao sol, com tempo e frequência adequados ao tom de pele, para estimular a produção de vitamina D pelo organismo. É importante proteger o rosto com filtro solar e as demais áreas do corpo após alguns minutos de exposição.
- Alimentação: incluir na dieta alimentos como peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha), gema de ovo, cogumelos, leite fortificado e outros alimentos ricos em vitamina D.
- Suplementação: em casos de deficiência significativa, o médico pode prescrever suplementos de vitamina D para repor os níveis adequados. A dosagem e a duração da suplementação variam de acordo com a gravidade da deficiência e as necessidades individuais.
A importância do acompanhamento médico
É fundamental consultar um médico regularmente para avaliar os níveis de vitamina D e, se necessário, receber a orientação adequada para o tratamento. A suplementação de vitamina D deve ser feita sob orientação médica, pois o uso indiscriminado e em doses excessivas pode ser prejudicial à saúde.
A vitamina D é essencial para a saúde e o bem-estar, e manter níveis adequados é fundamental para prevenir diversas doenças e garantir uma vida mais saudável.
Fontes: CNN Brasil; Hospital Albert Einstein; Grupo Rede D’or