De acordo com a ciência, esse é o melhor horário para tomar café

Especialistas fizeram uma indicação de horário ideal para quem ama tomar café, já que essa bebida pode aumentar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse que pode ser potencializado pela cafeína

O café, uma paixão nacional que permeia o dia a dia de milhões de brasileiros, desperta curiosidade não apenas por seu sabor e aroma, mas também pelos seus efeitos no organismo. Afinal, qual é o melhor horário para tomar café e extrair o máximo de seus benefícios, sem comprometer a saúde? As fontes consultadas revelam insights valiosos sobre a relação entre o café, o cortisol e o ritmo circadiano, desvendando o momento ideal para degustar essa bebida tão apreciada.
O cortisol e o ritmo circadiano: a dança hormonal que influencia o melhor horário para o café
O cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, desempenha um papel fundamental na regulação do nosso corpo, influenciando o metabolismo, o sistema imunológico e os níveis de energia. Seus níveis flutuam ao longo do dia, seguindo o ritmo circadiano, nosso relógio biológico interno.
Ao acordar, o cortisol atinge seu pico, nos preparando para as atividades do dia. É nesse momento que muitos recorrem ao café para despertar, mas, segundo os especialistas, essa prática pode não ser a mais eficiente.
A surpresa matinal: por que o café logo após acordar pode não ter o efeito desejado?
Entre 8h e 9h da manhã, o corpo já está naturalmente em estado de alerta, com altos níveis de cortisol. Ingerir café nesse momento pode resultar em uma menor percepção dos efeitos da cafeína, já que o organismo já está estimulado pelo cortisol.
A nutricionista americana Amanda Maucere, em entrevista ao Daily Mail, alerta que, apesar de ajudar a despertar, o consumo de café logo após acordar pode criar uma resposta desnecessária ao estresse no corpo, devido ao aumento dos níveis de cortisol.
O momento ideal: quando o café se torna um aliado da energia e do bem-estar
A ciência sugere que o melhor horário para tomar café é quando os níveis de cortisol estão mais baixos, o que ocorre cerca de três a quatro horas após acordar. Se você costuma acordar às 6h30, o momento ideal para a primeira xícara seria por volta das 9h30.
Nesse período, a cafeína atua de forma mais eficaz, proporcionando energia e foco sem interferir no ritmo natural do cortisol.
A dose certa: encontrando o equilíbrio entre sabor e saúde
A quantidade de café ideal varia de pessoa para pessoa, mas, em geral, recomenda-se um limite diário de 300 a 400 miligramas de cafeína para adultos saudáveis, o equivalente a cerca de quatro xícaras de café (240 ml).
café com cacau para reduzir a ansiedade
O consumo regular de café pode contribuir para a diminuição da pressão arterial ao longo do tempo (Foto: Freepik)
É importante observar a própria sensibilidade à cafeína e ajustar o consumo de acordo com as necessidades individuais. Pessoas mais sensíveis podem se beneficiar de doses menores, enquanto outras podem tolerar quantidades maiores sem efeitos colaterais.
Café e refeições: desvendando a melhor combinação
A bebida pode interferir na absorção de nutrientes importantes, como ferro e cálcio. Por isso, recomenda-se um intervalo de duas horas antes ou após as principais refeições.
Evite tomar café logo após o almoço, pois a cafeína pode prejudicar a absorção de ferro presente em alimentos como carnes, vegetais e feijões. A combinação de café com leite também pode interferir na absorção de cálcio.
A hora de descansar: quando o café se torna um vilão do sono
A cafeína pode permanecer no organismo por até seis horas, interferindo na qualidade do sono. O médico nutrólogo Durval Ribas Filho recomenda evitar o consumo de café seis horas antes de dormir para garantir uma boa noite de descanso.
O café, além de ser uma bebida saborosa e aromática, oferece diversos benefícios à saúde, como a redução do risco de doenças crônicas e o aumento da disposição. No entanto, para aproveitar ao máximo suas propriedades, é fundamental consumi-lo com moderação e nos horários mais adequados, respeitando o ritmo natural do corpo e as necessidades individuais.

 

Fontes: Canal Tech; Metrópoles; Super Interessante; Terra

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